Modelo brasileira que caiu de prédio pode ter sido vítima de feminicídio
Emmily era modelo e trabalhava em uma agência de turismo para brasileiros em La Boca, em Buenos Aires
© Reprodução- Instagram
Justiça Feminicídio
Parentes e amigos da modelo brasileira Emmily Rodrigues, de 26 anos, suspeitam que a jovem tenha sido vítima de feminicídio após sua morte em Buenos Aires, na última quinta-feira (30), quando caiu do sexto andar de um prédio. O advogado da família, Ignacio Trimarco, afirmou ao jornal O Globo que seus clientes não acreditam que Emmily tenha cometido suicídio e que, na hipótese de a modelo ter sido vítima de homicídio, o principal suspeito é o empresário Francisco Saenz Valiente, proprietário do imóvel onde o corpo foi encontrado.
Ainda segundo o que Trimarco revelou ao jornal O Globo, a polícia está coletando informações contidas no celular do suspeito, além de gravações de câmeras de segurança da região para reconstruir as cenas do que aconteceu naquela noite. Já foi constatado que a vítima tinha lesões por todo o corpo, no dorso e nas mãos, e a polícia está investigando se são marcas de luta.
O empresário Saenz Valiente está detido sob suspeita de envolvimento na morte de Emmily. De acordo com o jornal O Globo, o depoimento prestado ao juiz Martín Del Viso e ao procurador Santiago Vismara no último sábado, ele afirmou que a jovem teve um "surto", informação que a família da vítima acredita ser falsa. Segundo fontes policiais, o empresário apresentou a mesma versão aos policiais que atenderam a ocorrência na quinta-feira.
A médica Juliana Mourão, que estava na casa do empresário quando Emmily caiu do prédio, também prestou depoimento à polícia argentina. Ela afirmou ser amiga do empresário e da brasileira, e disse que no dia do ocorrido, Emmily e Saenz Valiente tiveram uma briga e que a jovem teria chegado a agredir o suspeito, por motivos que não foram revelados. Para as amigas da vítima, o mais provável é que tenha ocorrido uma tentativa de abuso e Emmily reagiu.
Emmily era modelo e trabalhava em uma agência de turismo para brasileiros em La Boca, em Buenos Aires. Era independente e costumava sair com as amigas para jantar nos fins de semana. Ela teria ido ao restaurante Gardiner e depois encontrado, por acaso, com Juliana e Francisco no Isabel, um estabelecimento especializado em comida peruana em Palermo. Lá, teria sido convidada para esticar a noite na casa do empresário, que é conhecido por promover festas.