Professora salva ex-marido do suicídio, mas é morta por ele dias depois
O suspeito matou a ex-mulher e o ex-sogro em Toledo, no Paraná
© Reprodução/Prefeitura de Toledo
Justiça Toledo
Um homem, identificado pelas iniciais G.F.R, foi preso em flagrante na noite da última segunda-feira, 18, após esfaquear sua ex-companheira e seu ex-sogro na frente dos filhos na cidade de Toledo, no interior do Paraná. A mulher, Gabrielle de Lima Rodrigues, de 34 anos, foi uma das vítimas.
Dias antes do trágico episódio em que foi morta pelo ex-marido na frente dos filhos, a professora Gabrielle de Lima Rodrigues, de 34 anos, impediu que o suspeito cometesse suicídio, conforme afirmou o delegado de Polícia Civil de Toledo, no Paraná, Alexandre Macorin, nesta terça-feira (19).
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar do Paraná, um vizinho acionou os agentes militares por volta das 22h30, após ouvir uma criança pedindo socorro desesperadamente, relatando que o pai estava agredindo a mãe e que iria matá-la. O vizinho tentou intervir, entrando na casa, onde deparou-se com o corpo do pai de Gabrielle, identificado pelas iniciais V.J.R, caído no chão, enquanto o suspeito atacava a mulher com uma faca. O homem relatou que segurou o agressor para impedi-lo, mas ele conseguiu fugir.
Segundo o relato da PM, o vizinho levou as crianças que estavam na casa para sua residência e acionou a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram os corpos e ouviram gemidos vindos do fundo da casa. Após entrar, a equipe avistou o suspeito com uma faca cravada no peito. "Ao se comunicar com ele, o suspeito retirou a faca do peito e a jogou ao solo, sendo recolhida com segurança pela equipe policial", conforme o registro policial.
O Conselho Tutelar foi informado e o local do crime isolado. Foi constatado que Gabrielle possuía uma medida protetiva contra o suspeito G.F.R. O homem foi encaminhado para a 20ª Subdivisão Policial (SDP) de Toledo.
O falecimento de Gabrielle de Lima Rodrigues foi lamentado pela Secretaria Municipal de Educação de Toledo, onde ela trabalhava como professora na Escola Municipal Ecológica Professor Ari Arcassio Gossler. A pasta classificou o ocorrido como um caso de feminicídio.
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