Baleado no RJ, motorista de ônibus diz que foi confundido com bandido
O motorista foi baleado na axila esquerda e está internado em um hospital público da região, mas passa bem. O carro do motorista, com marcas dos tiros, foi para a 58ª DP
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Justiça Baixada
A 58ª Delegacia de Polícia (Posse) está investigando o caso de um motorista de ônibus que foi baleado confundido com um bandido, sendo ainda algemado e levando uma coronhada na cabeça, no bairro da Posse, em Nova Iguaçu.
Segundo informações do Extra, o homem, que trabalha na linha Belford Roxo x Queimados, da empresa Linave, disse que ia para um futebol com amigos, no Campo do Independência. No caminho, decidiu passar na casa de uma passageira que viaja com ele diariamente.
"Ela sempre pega o ônibus na porta de casa. Comentei que jogo bola ali perto e ela me convidou para passar na casa dela. Já tinha ido lá duas vezes, mas ela não me ouvia chamar. Contei a ela, que pediu que eu insistisse. Domingo, passei lá de novo", narrou o motorista, que novamente não conseguiu encontrar a mulher.
O motorista, então, decidiu seguir para o futebol, mas, quando chegou ao campo, o jogo já tinha acabado e os outros peladeiros tinham ido embora. Ele decidiu voltar à casa da passageira.
"Como a rua dela fazia parte do meu caminho, voltei lá para tentar chamar mais uma vez. Quando estava estacionando o carro, ouvi muitos tiros. Mandaram descer do carro e não me deixaram levantar. Eu já tinha sido baleado".
Ele disse que mesmo ferido foi algemado pelos homens, sem saber precisar quantos eram.
"Não me deixaram levantar, falaram que eu era bandido, ladrão. Disse que estavam me confundindo, que eu era trabalhador. Eles procuraram arma. Como eu disse que não tinha, levei uma coronhada".
De acordo com a publicação, o motorista foi baleado na axila esquerda e está internado em um hospital público da região, mas passa bem. O carro do motorista, com marcas dos tiros, foi para a 58ª DP.
A Polícia Civil não divulgou o nome nem confirmou se o autor dos disparos era policial. O delegado-adjunto Eduardo Cruz disse que vai ouvir a vítima após receber alta médica:
"Vai depender da narrativa dele e do registro para entendermos a dinâmica do fato".