Adolescente que matou a família tinha muito ódio da mãe e gostava da irmã
O adolescente relatou que na sexta-feira (17), após ter seu celular e computador confiscados pelos pais, decidiu matá-los
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Justiça Crime
O adolescente de 16 anos que confessou ter assassinado seu pai, mãe e irmã em casa, na Zona Oeste de São Paulo, revelou à polícia que não tinha conflitos com a irmã, mas a matou porque temia que ela impedisse o assassinato da mãe.
Isac Tavares Santos, de 57 anos, Solange Aparecida Gomes, de 50 anos, e Letícia Gomes Santos, de 16 anos, foram encontrados mortos na residência. No domingo (19), o filho do casal ligou para a Polícia Militar e admitiu o crime. Os corpos estavam na casa havia três dias.
Segundo o delegado Roberto Afonso, responsável pela investigação, o adolescente relatou que na sexta-feira (17), após ter seu celular e computador confiscados pelos pais, decidiu matá-los.
O jovem afirmou à polícia que tinha um bom relacionamento com a irmã, mas temia que, ao chegar a mãe em casa seis horas depois, não conseguiria mantê-la sob controle, e ela poderia impedir o assassinato da mãe.
Primeiro, ele pegou a arma de fogo do pai, que era da Guarda Civil Municipal de Jundiaí, e atirou no pai quando ele estava de costas na cozinha, por volta das 13h.
A irmã, que estava no primeiro andar da casa, ouviu o tiro e gritou. O adolescente então subiu e atirou no rosto dela, que morreu no local devido aos ferimentos.
"Ele disse que atirou na nuca do pai. Quando a irmã ouviu o disparo, ele foi ao primeiro andar e atirou no rosto dela. Esperou a mãe chegar. Quando ela chegou, ele atirou nela. No dia seguinte, ele pegou uma faca e a esfaqueou novamente porque ainda estava com raiva", explicou o delegado.
O adolescente contou que abriu o portão da garagem para a mãe entrar e, ao ver o corpo do marido na cozinha, a matou.
O delegado Roberto afirmou que o adolescente ficou surpreso ao saber que seria apreendido, mas não demonstrou arrependimento.
"Ele ficou chocado. Foi uma surpresa para ele quando dissemos: 'você será preso'. Ele se espantou com isso. Não sabemos se ele estava fora da realidade em relação à apreensão ou se ele pensava que, por ser adolescente, não seria preso. Vamos analisar isso mais à frente", afirmou o delegado.
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