Vizinho que esquartejou menino de 10 anos disse que 'invejava crianças'
Durante os depoimentos, ele afirmou sentir "inveja da felicidade das crianças" e alegou ouvir vozes que o incentivaram a cometer o crime. Almeida também declarou possuir um laudo de esquizofrenia, mas a polícia ainda investiga a autenticidade desse documento.
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Justiça São Paulo
Luis Fernando Silla de Almeida, 46 anos, confessou ter matado o menino Mateus Valim, 10, em Assis, no interior de São Paulo. Segundo a polícia, Almeida era um vizinho da família e frequentava a casa da vítima, onde ajudava com pequenos reparos. "Era amigo da família", afirmou o delegado Tiago Bérgamo. A relação de proximidade foi descrita como um "cavalo de Troia", pois Almeida usava sua interação frequente para mascarar comportamentos perigosos. A família de Mateus relatou ter sido pega de surpresa pelo crime, que abalou a confiança construída ao longo do tempo.
Almeida vivia sozinho, sem filhos ou relacionamentos conhecidos, e tinha um comportamento social restrito, com maior interação com crianças da vizinhança. Sua casa foi descrita como desorganizada e cheia de objetos acumulados. Durante os depoimentos, ele afirmou sentir "inveja da felicidade das crianças" e alegou ouvir vozes que o incentivaram a cometer o crime. Almeida também declarou possuir um laudo de esquizofrenia, mas a polícia ainda investiga a autenticidade desse documento. Há suspeitas de tentativa de abuso sexual frustrada, mas a investigação segue sob sigilo judicial.
As investigações revelaram detalhes macabros. Após atrair Mateus para uma área de mata, Almeida confessou ter usado uma pedra para agredir o menino e, posteriormente, uma serra para desmembrar o corpo. Até o momento, partes do corpo da vítima não foram localizadas. A polícia encontrou, na casa do suspeito, a serra usada no crime e os chinelos de Mateus. Câmeras de segurança registraram Almeida na mata onde o crime aconteceu, consolidando as provas contra ele. O delegado Bérgamo descartou a possibilidade de rituais de magia negra, mesmo com a descoberta de animais mortos na casa do suspeito.
O crime gerou revolta na comunidade. Após a confissão de Almeida, vizinhos depredaram sua residência. Ele foi preso preventivamente na Cadeia Pública de Presidente Venceslau após apresentar versões contraditórias nos interrogatórios e confessar o crime. A SSP-SP informou que o caso segue sob investigação pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Assis, com detalhes mantidos sob segredo de Justiça.
A morte de Mateus ocorreu no dia 11 de dezembro, quando ele saiu de casa para andar de bicicleta e desapareceu. O corpo foi encontrado no dia 17 de dezembro, após diligências realizadas com o apoio do Canil da Polícia Militar. A defesa de Almeida não foi localizada para comentar o caso, mas o espaço permanece aberto para manifestações futuras. A polícia trabalha para esclarecer todas as circunstâncias do crime.
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