'Acompanhei a morte do delator por live', diz membro do PCC
Em mensagens enviadas na data do homicídio, Tacitus compartilhou uma foto da vítima com a legenda: "Agradeço a colaboração de todos".
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Justiça PCC
Um suposto integrante do PCC, identificado como "Tacitus", enviou emails a autoridades e revelou ter assistido ao assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, 38, por meio de uma transmissão ao vivo. O empresário, delator da facção e de policiais civis investigados por corrupção, foi morto com 10 tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro de 2024. Segundo Tacitus, ele e outros membros do PCC acompanharam o crime em tempo real. Em mensagens enviadas na data do homicídio, Tacitus compartilhou uma foto da vítima com a legenda: "Agradeço a colaboração de todos".
De acordo com informação publicada pelo colunista Josmar Jozino, Tacitus também ameaçou a família de Gritzbach em emails enviados anteriormente. Ele exigiu a devolução de R$ 6 milhões supostamente roubados, dando prazo até 31 de dezembro de 2024. Caso contrário, alertou que "providenciassem os testamentos". Ele atribuiu o desvio de dinheiro aos policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como Xixo, e Valmir Pinheiro, apelidado de Bolsonaro, ambos presos em setembro de 2024 sob acusação de roubar R$ 90 milhões de casas-cofre do PCC.
Autoridades investigam a autenticidade das mensagens. Um promotor do Gaeco afirmou que os emails "soam como uma fraude", alegando que Tacitus pode estar tentando se beneficiar da situação. O emissário rebateu e propôs a quebra de sigilo dos emails trocados com Gritzbach para comprovar que as ameaças começaram antes da delação premiada do empresário, firmada em abril de 2024. A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo ainda não identificaram Tacitus, que utilizou um provedor clandestino localizado em um país sem acordo de cooperação com o Brasil.
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