Três mortos e sete internados após comerem arroz com feijão envenenado
Até o momento, as autoridades não sabem quem é o responsável pelo ato, mas a Polícia Civil está tratando o caso como homicídio
© Facebook/ PCPR - Polícia Civil do Paraná
Justiça Piauí
Três pessoas morreram e duas continuam internadas após consumirem arroz envenenado com uma substância tóxica, no dia 1º de janeiro, no Piauí. A tragédia ocorreu quando a família, composta por nove pessoas, preparou e consumiu o arroz com feijão, aparentemente envenenado, no dia 31 de dezembro. Até o momento, as autoridades não sabem quem é o responsável pelo ato, mas a Polícia Civil está tratando o caso como homicídio.
Entre as vítimas estão um bebê e duas crianças. Lauane da Silva, de três anos, faleceu na madrugada de segunda-feira, após a morte de seu irmão, de 1 ano e 8 meses, e de seu tio, de 18 anos. A mãe de Lauane, Francisca, de 32 anos, e a irmã mais nova, de 4 anos, continuam internadas. Outras quatro pessoas da família foram hospitalizadas, mas já receberam alta.
De acordo com o médico Antônio Nunes, diretor do Instituto de Medicina Legal (IML), o veneno estava em grande quantidade no arroz e era visível. Curiosamente, aqueles que consumiram a comida no dia anterior não apresentaram sintomas de intoxicação. Não foram encontrados vestígios do veneno nos restos de peixe que a família havia recebido como doação, o que exclui a doadora como suspeita.
Vale lembrar que Francisca já havia perdido dois filhos, de 7 e 8 anos, em 2024, também por envenenamento, após comerem cajus contaminados oferecidos por uma vizinha, que cumpre pena por duplo homicídio. Agora, as autoridades investigam se esses casos estão relacionados. O veneno encontrado no arroz é utilizado como inseticida e afeta o sistema nervoso central e a comunicação entre os músculos. Seus sintomas incluem tremores, convulsões, falta de ar e cólicas, e os efeitos podem deixar sequelas neurológicas caso a vítima sobreviva.
As investigações seguem em andamento, com a polícia destacando que o veneno foi intencionalmente colocado no arroz, o que reforça a suspeita de homicídio.
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