Entenda o caso de estupro coletivo que chocou o país
O caso chocou o país e a cobrança por justiça vem de diversos setores da sociedade
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Justiça Rio de Janeiro
Uma jovem de 16 anos foi abusada sexualmente na última sexta-feira (20) na zona Oeste do Rio de Janeiro. O caso se tornou público após a divulgação de um vídeo nas redes sociais. A vítima do
estupro coletivo cometido por 33 homensjá prestou depoimento à polícia, foi submetida à exames e o caso está sob investigação.
O crime chocou o país e reacendeu o debate sobre a cultra do estupro. A adolescente usou sua página do Facebook para
agradecer o apoio recebido após a divulgação do caso na noite de quinta-feira (26).
A polícia também ouviu nesta sexta-feira (27) dois suspeitos e uma adolescente envolvida. Foram ouvidos o, ex-namorado dela, o lutador Raí Souza
SUSPEITOS NEGAM ESTUPRO
O advogado Cláudio Lúcio Silva, que defende Raí de Souza, de 22 anos, um dos 33 suspeitos de terem estuprado uma adolescente de 16 anos no Morro do Barão, em Jacarepaguá, negou à polícia na noite desta sexta-feira (27) que seu cliente tenha estuprado a menina.
De acordo com o Globo, o advogado admitiu a presença de Raí no momento em que as imagens foram feitas. “Não houve um estupro. O vídeo foi feito no celular do Raí, mas não foi ele que divulgou. Houve um ato sexual entre o meu cliente e a suposta vítima, consentida pelo mesmo. A situação dos 30 homens é um funk que fala sobre isso”, contou Cláudio Lúcio Silva.
Já o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), disse que Raí colocou a culpa da gravação e da distribuição das imagens em um traficante chamado Jefferson.
Segundo o advogado de Raí, os jovens teriam saído de um baile funk na madrugada de sábado (27) e foram com a vítima e uma amiga dela, de 18 anos, para uma casa na comunidade, onde os quatro fizeram sexo consensual. Lucas Pedroso, um dos envolvidos, também contou a mesma versão.
O delegado Alessandro Thiers afirma que a “a polícia está investigando se realmente aconteceu estupro de vulnerável”.
O jogador de futebol Lucas Perdomo alegou, em
depoimento à polícia, que o crime, na verdade, não aconteceu. Seria uma invenção da adolescente
para justificar imagens suas publicadas na internet frente aos pais, que são religiosos.
INVESTIGAÇÃO
Mais três pessoas, já identificadas, serão convocadas a deporem no caso da jovem violentada em uma comunidade de Jacarepaguá no Rio.
A jovem vítima prestou depoimento e contou que bandidos armados de fuzis e pistolas participaram das agressões sexuais que sofreu em uma casa no morro do Barão, na Praça Seca, zona oeste. A advogada da adolescente afirmou que "não tem nada de suposto estupro, foi estupro".
PROTESTOS
Após a repercussão do caso, mulheres se reuniram para protestar contra cultura do estupro.Nas redes sociais, internautas aderiram a uma campanha compra o crime com o nome "Eu luto pelo fim da cultura do estupro".