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Autor de estupro no Velódromo cometeu crime durante serviço, diz BO

Supervisor deveria estar monitorando o local no horário em que abusou sexualmente de uma bombeira que dormia no Parque Olímpico

Autor de estupro no Velódromo cometeu 
crime durante serviço, diz BO
Notícias ao Minuto Brasil

19:26 - 01/08/16 por Notícias Ao Minuto

Justiça Investigação

O Boletim de Ocorrência sobre o caso de estupro no Velódromo do Parque Olímpico, no Rio, indica que o supervisor Genival Ferreira Mendes, preso em flagrante, deveria estar cuidando da segurança do local no horário em que cometeu o crime. Ele é acusado de estuprar uma bombeira civil que dormia no local, na manhã do último domingo (31).

No documento, uma das testemunhas aponta que achou "estranho" o fato de o supervisor deixar seu posto para ir ao alojamento. "O soldado da força nacional e testemunha do caso, Francisco Victor Calvet, achou estranho Genival ter deixado seu posto e ido para o quarto de descanso, já que ele mesmo salientara que os turnos são de 12 horas ininterruptos, e ele ainda não o havia cumprido integralmente", diz o texto, segundo o UOL.

A vítima confirmou a versão dos fatos. "Eu era bombeira de um outro supervisor chamado Luís e ele [Genival] pediu para trocar o turno das bombeiras naquela noite. Há ao lado da sala de vídeo monitoramento do velódromo do Parque Olímpico um quarto de descanso, e ele disse que eu poderia ir para lá, pois deveria estar cansada. Pensei que ele fosse ficar na sala, verificando o que acontecia no parque por meio dos monitores. Dormi e acordei com ele em cima de mim, com as mãos no meu peito, na vagina", contou a vítima, que teve identidade preservada.

Após o crime, a bombeira conseguiu fugir do agressor e encontrar um soldado militar, que deu voz de prisão contra Mendes. "Desesperada, pedi [a Genival] para ir ao banheiro, e ele disse que eu poderia ir, mas avisou para eu voltar rápido. Saí procurando alguém que pudesse me ajudar, mas acho que ele tinha mandado os soldados da Força Nacional fazerem ronda. Felizmente por causa do som do rádio encontrei um soldado que estava sozinho descansando, e contei o que havia acontecido", conta ela.

Repercussão

Em entrevista nesta segunda-feira (1º), o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, classificou como "pontual" a ocorrência. "Problemas pontuais como esse, de denúncias de eventuais crimes que tenham ocorrido na Vila [no caso, Velódromo], serão investigados pela polícia e, se ocorreram, aquele que cometeu crime sofrerá as penalidades da lei, não tenha dúvida", disse.

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