Fugitivos de hospital psiquiátrico causam pânico na Grande SP
34 fugitivos foram recapturados; a Polícia Militar ainda busca os outros foragidos
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Justiça INTERNOS
Blitze em cruzamentos da cidade, policiais revistando ônibus, comércios fechados e escola sem aula. Esse foi o cenário em Franco da Rocha (Grande SP) na noite desta segunda-feira (17), após a fuga em massa de 55 presos do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.Os internos fugiram no final da tarde desta segunda (17).
Segundo agentes penitenciários no local, os detentos quebraram a prisão, atearam fogo na ala masculina e fugiram por uma mata que cerca o local.
Até às 23h desta segunda, 34 foram recapturados. A Polícia Militar segue com o trabalho de buscas. Uma blitz criava um trânsito incomum no bairro Vila Ramos, próximo ao centro de detenção.
Policiais paravam quase qualquer carro e revistavam até os ônibus que passavam pelo local. A mesma cena ocorria na entrada da cidade. Perto dali, duas escolas estaduais dispensaram os alunos, segundo funcionários de um posto em frente."Trabalho aqui há nove anos e rebelião grande assim eu nunca vi. Aqui para cima era para tudo estar aberto, comércio, bar, mas está todo mundo com medo", diz o frentista Vanderlei de Freitas, 39.
Imagens mostram os presos fugindo em direção ao parque do Juquery, na direção oposta ao comércio, que fechou de vez às 21h, uma hora antes do previsto, "por via das dúvidas", ele diz.
A reportagem da Folha de S. Paulo conversou com agentes penitenciários. Eles afirmaram que os detentos quebraram a prisão e fugiram pela portaria da unidade. A fuga teria sido motivada por uma decisão da direção de cortar os cigarros dos internos.
Usualmente, os detentos passam o dia no pátio de voltam para suas celas no final do dia. Porém, nesta segunda, eles se recusaram a voltar e pediram a presença do diretor da unidade para discutir a proibição do cigarro. Após o pedido ser negado, eles renderam os carcereiros e queimaram quase toda a ala masculina antes de fugir para uma região de mata que cerca o local.
A ala normativa, onde ficam os presos mais debilitados, e a feminina não foram atingidas pelo incêndio, que destruiu grande parte da ala masculina.
Segundo a SAP, o tumulto foi contido por oficiais do Grupo de Intervenções Rápidas (GIR), que também realizaram uma revista nos internos e na unidade. Antes da fuga, ela abrigava 446 detentos. Com informações da Folhapress.
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