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Polícia indicia cinco por queda de helicóptero com filho de Alckmin

Relatório indica "negligência e imperícia por parte dos técnicos envolvidos na manutenção"

Polícia indicia cinco por queda de 
helicóptero com filho de Alckmin
Notícias ao Minuto Brasil

14:29 - 07/12/16 por Folhapress

Justiça São Paulo

A Polícia Civil concluiu que os mecânicos José Carlos das Neves e Erick Martinho são os responsáveis diretos pela queda de uma aeronave no dia 2 de abril de 2015 em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Os dois são funcionários da Helipark, empresa responsável pela manutenção do helicóptero. Neves foi indiciado por homicídio culposo qualificado. Martinho era uma das cinco pessoas que morreram no acidente. Além dele, haviam mais quatros pessoas, entre elas Thomaz Alckmin, 31, filho caçula do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

O relatório, assinado pelo delegado Marcos César Rodrigues dos Santos, e entregue ao Ministério Público paulista, diz que o acidente aconteceu por "negligência e imperícia por parte dos técnicos envolvidos na manutenção".

O delegado também responsabilizou outros quatro funcionários da Helipark: o técnico Élson Dias Sterque Júnior e o gerente Edson Makoto Ashida por homicídio culposo qualificado em coautoria; o operador de rádio, Felipe Silva Guimarães, por falso testemunho; e o supervisor de segurança, Benedito Augusto Marcolino dos Santos, por ter adulterado as imagens gravadas no computador.

Em junho passado, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Aeronáutica, já havia concluído uma possível falha na manutenção da aeronave teria causado o acidente. De acordo com o Cenipa, o helicóptero estava com dois componentes -fundamentais para que o piloto comandasse a aeronave- desconectados, e o problema já acontecia no momento da decolagem.

Sobre o operador de rádio, Felipe Silva Guimarães, o delegado aponta que ele teria mentido no depoimento ao afirmar que o voo havia demorado cerca de 12 minutos -investigação aponta que o voo durou menos de 60 segundos. Guimarães também teria dito que o comandante da aeronave havia pedido por rádio retorno ao hangar -o que não ocorreu.

Além de Thomaz e de Martinho, outras três pessoas morreram no acidente: o mecânico Paulo Henrique Moraes, 42, funcionário da empresa Seripatri, e o mecânico Leandro Souza, 34, funcionários da Helipark, empresa responsável pela manutenção do helicóptero, e o piloto Carlos Haroldo Isquerdo, 53.

O helicóptero modelo EC 155 B1 foi fabricado pela empresa Eurocopter France. Ele pertencia à Seripatri Participações, do empresário José Seriperi Júnior, controlador também da empresa Qualicorp, administradora de planos de saúde.

O relatório afirma que não é possível dizer se Thomaz Alckmin estava no controle da aeronave, mas especula que "dificilmente o controle seria entregue a ele".

O Ministério Público de São Paulo afirmou que recebeu o inquérito policial sobre a queda do helicóptero e que a promotora de Justiça responsável pelo caso está dentro do prazo legal para avaliar o resultado das investigações da Polícia Civil e decidir se oferece denúncia contra os investigados. Com informações da Folhapress.

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