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Acusados de espancar ambulante até a morte vão a júri em abril

Justiça acatou processo de denúncia contra os dois, que agora são considerados réus

Acusados de espancar ambulante 
até a morte vão a júri em abril
Notícias ao Minuto Brasil

14:53 - 09/02/17 por Notícias Ao Minuto

Justiça São Paulo

Apontados como responsáveis por espancar o ambulante Luiz Carlos Ruas até a morte, em São Paulo, Alípio Rogério dos Santos e Ricardo Nascimento Martins serão julgados em abril. A data foi marcada nesta quinta-feira (9), depois de a Justiça acatar o processo de denúncia contra os dois, que agora são considerados réus.

O crime, registrado pelas câmeras de segurança da estação do metrô Parque D. Pedro II, chocou o país na véspera do Natal do ano passado. Ruas foi agredido após tentar impedir que os dois réus espancassem uma travesti, que passava no local.

Vários protestos marcaram a morte do vendedor de balas. Um deles pedia que a D. Pedro II passasse a ser chamada de Estação Luiz Carlos Ruas. Como lembra o G1, em janeiro, a Justiça determinou o pagamento de uma pensão mensal de R$ 2.232,54 para mulher do ambulante. O depósito deve ser feito todo o dia 20 do mês, pelo Metrô de São Paulo.

Ricardo do Nascimento Martins, de 21 anos, foi preso três dias após o crime, na casa de um primo, em Campinas. O segurança Alípio Rogério Belo dos Santos, 26, foi localizado dois dias antes, na casa de um amigo na região de São Mateus (zona leste de SP). Os dois tiveram as prisões preventivas decretadas e permanecerão assim até o julgamento.

Imagens das câmaras da estação mostram Ruas tentando fugir e sendo agredido com socos e chutes na cabeça por Santos e Martins. Horas antes, Santos havia danificado a casa de uma vizinha no Cambuci.

À época da prisão, segundo a Folhapress, o advogado dos presos, Marcolino Marcolino Nunes Pinho, admitiu que os dois apareceram nas imagens agredindo Ruas. O advogado negou, entretanto, que a confusão tenha sido motivado por intolerância de gênero, mas sim porque Santos teve seu celular roubado do lado de fora da estação por um grupo em que estavam as travestis. A polícia diz que nenhuma das 14 testemunhas ouvidas confirmaram a versão da defesa.

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