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Clínica é investigada por torturar 42 toxicodependentes

O irmão do proprietário do local, que é diretor administrativo da unidade, também foi detido pelas autoridades

Clínica é investigada por torturar 42 toxicodependentes
Notícias ao Minuto Brasil

06:05 - 11/02/17 por Notícias Ao Minuto

Justiça Macapá

A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (10), o dono de uma clínica de reabilitação de toxicodependente que funciona em Macapá (AP), por suspeita de tortura a 42 pacientes. O irmão do proprietário do local, que é diretor administrativo da unidade, também foi detido pelas autoridades.

Segundo informações do G1, o Ministério Público do Estado do Amapá investiga denúncias de que os internos sofriam torturas durante o tratamento, com agressões físicas e psicológicas.

“Era tortura. Eles maltratavam os internos. Eram todos viciados em álcool e drogas, eram agredidos psicologicamente, emocionalmente, fisicamente, com uso de algemas, agressões físicas, humilhação, spray de pimenta, palmatória. Foi tudo apreendido, inclusive medicamentos vencidos, hoje [10] de manhã. Ainda estamos em investigação. Estamos na promotoria ouvindo os internos e os dois presos”, informou a promotora Andréa Guedes.

De acordo com a publicação, outra clínica para tratamento de mulheres com dependências químicas, que funciona no bairro Boné Azul, também na Zona Norte, estaria sendo investigada.

“A clínica não vai ser interditada ainda, mas ela vai ser fiscalizada tanto pelo MP quanto pela Vigilância Sanitária. Dos 42 internos, eu creio que somente 12 vão voltar agora à noite. Os outros vão ser liberados para serem entregues à família”, informou a promotora.

Parentes das vítimas relatam que, até pelo passado de dependência química, desconfiavam dos depoimentos dos familiares sobre as torturas sofridas.

"A gente não acreditava nele, porque a família já passa tantas coisas com o interno, que quando a gente coloca na clínica é o último estágio. Eu não queria perder meu irmão. A gente coloca ele lá para sair melhor, ressocializado, e, do nada, a gente descobre isso. A maioria dos familiares é a mesma história. A gente não quer acreditar e fica a dúvida”, contou.

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