Agente federal, PM e empresário são presos por contrabando de cabelo
Produtos escondidos em malas vinham da China para o Brasil sem pagar impostos; aplicação de uma mexa pode chegar a R$ 402
© Siphiwe Sibeko / Reuters
Justiça Galeão - Rio
A Polícia Federal do Rio e do Aeroporto Internacional do Galeão prenderam um agente federal, um empresário e um policial militar, nesta sexta-feira (24), suspeitos de contrabandear cabelo humano da China. Duas malas com produtos repassados pelo policial federal ao PM dentro do aeroporto também foram apreendidas.
Segundo divulgado pelo G1, as investigações concluíram que o trânsito do material contrabandeado no aeroporto era garantido pelo agente Nilton dos Santos Silva, que tinha livre acesso ao local. A PF investiga agora se ele é dono de uma loja que vende cabelos humanos que vende produtos indianos, europeus e asiáticos no centro de Niterói, na região metropolitana do Rio.
Nilton teria viajado ao menos seis vezes para a China e foi detido quando voltava de uma dessas viagens. Quando chegou ao Galeão, o agente deu as malas para quem os investigadores acreditam serem seu sócio, o empresário Luiz Pinheiro Franco Júnior. Um PM, que não teve o nome revelado, faria a escolta das malas até o seu local de destino. Ele também foi detido.
Depois de passar o produto para o PM por uma porta de uso exclusivo da Polícia Federal no aeroporto, Nilton assumiria o seu plantão, mas foi impedido pela Corregedoria da PF.
Escondidos nas bagagens, o produto entrava no Brasil sem pagar impostos. A aplicação de uma mexa loira pode custar até R$ 402.
A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos suspeitos.
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