Safira Benetino Avelino, de 19 anos, não vê a filha de 9 meses há exatos 14 dias. A bebê, chamada de Yankka Avelino Martins, foi sequestrada e o principal suspeito é o pai da criança, Carlos Henrique Martins de Araújo. Os dois moravam em Luís Eduardo Magalhães, oeste da Bahia. Safira informou à polícia que o ex-marido entrou em contato, por meio de mensagem, no Facebook há cinco dias. No texto, Carlos Araújo exigia, segundo informou a polícia nesta quinta-feira (20), que a ex escrevesse uma carta pedindo perdão a ele. Esta seria a condição para que ele enviasse fotos da menina.

“Ele disse que ela está bem e que ela não sente minha falta. Eu pedi para mandar foto e ele disse que não ia mandar foto. Ele pediu para eu publicar carta no Facebook pedindo perdão para ele, dizendo que eu fui a errada de toda a história. Aí ele mandaria foto se eu fizesse isso”, contou ao G1. Depois do contato, Carlos Araújo teria apagado o perfil da rede social.

Conforme o delegado Joaquim Rodrigues, titular do caso, Carlos Araújo pode ser enquadrado por sequestro. "Até mesmo pela idade da criança. Apesar de ser o pai, ele não tem esse direito, porque a mãe tem uma guarda natural. A não ser que [ele] conseguisse a guarda via judicial, ele não tem esse direito”, afirmou.

Quando eram casados, os dois moravam em Gurupi, no Tocantins. Desde a separação, há três meses, Safira mora e, Luís Eduardo Magalhães. O pai já tinha visitado a filha antes e, no dia do desaparecimento, pediu que a mãe arrumasse uma bolsinha com as coisas dela. Por volta das 10h, do dia 6 de abril, ele saiu com Yankka, deixando uma carta para Safira, escondida em uma bolsa .“Sei que você vai me procurar, mas não vai me encontrar. Estaremos bem longe de tudo e de todos”, dizia o documento.

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