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Sobrevivente de chacina em Guarulhos diz ter ouvido mais de 30 tiros

Testemunhas suspeitam que execuções tenham sido feitas por policiais que integram grupo de extermínio

Sobrevivente de chacina em Guarulhos
 diz ter ouvido mais de 30 tiros
Notícias ao Minuto Brasil

16:58 - 01/06/17 por Notícias Ao Minuto

Justiça Testemunhos

Um dos sobreviventes da chacina que deixou cinco mortos e três feridos em dois bares da Vila São João, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, na madrugada desta quinta-feira (1º), revelou ter ouvido mais de 30 tiros disparados por quatro homens. A testemunhas suspeitam que as execuções tenham sido feitas por policiais que integram um grupo de extermínio.

"Foram mais de 30 tiros. (...) O estranho é que momentos antes e depois da chacina passaram viaturas da Polícia Militar na frente dos bares", disse uma fonte ao G1 na condição de anonimato.

Contudo, a principal hipótese investigada pela Polícia Civil é de acerto de contas entre traficantes.

As vítimas do ataque foram:

Maria da Conceição de Jesus Alves, de 55 anos; Alecsandro de Jesus Alves, de 37 anos; Adelson Leite da Silva, de 24 anos; Vanderlei Cavalcante Ramos Melo, de 35 anos; John Lennon Pires de Carvalho, de 26 anos.

O boletim de ocorrência informa que os três feridos (um homem de 27, outro de 28 e um terceiro de 31 anos) levaram, ao todo, 11 tiros.

De acordo com a testemunha, que tem passagens pela polícia, uma viatura da PM passou pelo local pouco antes da chacina. Em seguida, surgiram a pé os quatro homens armados, que atiraram em pessoas que estavam dentro e fora dos bares. Eles fugiram em carros que os esperavam.

É claro que suspeito que deve ter policial militar envolvido nessa chacina. Muita coincidência eles aparecerem logo após um carro da PM passar. E aparecerem 30 segundos depois da chacina para oferecer ajuda. (...) Deve ser um grupo de extermínio formado por policiais militares."

O irmão do ajudante-geral Adelson Leite da Silva, que morreu no local, também disse ao G1 que desconfia da participação da polícia. "Não é a primeira vez que alguém morre na frente desse bar. Há uns seis meses ou sete um rapaz chamado Eduardo, vulgo Gordinho, também foi executado e a comunidade acha que possa ter PM envolvido", contou.

O motivo da chacina, segundo o sobrevivente, seria o fato de algumas das vítimas terem passagens criminais e os policiais quererem "limpar a região de quem já cometeu crimes no passado".

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