PF busca suspeitos de sequestrar e amarrar vítimas a explosivos
As investigações que culminaram na operação Grajaú começaram em outubro de 2016, após o sequestro de familiares do tesoureiro de uma agência da Caixa
© Tânia Rêgo Agência Brasil
Justiça São Paulo
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta sexta-feira (30), oito mandados de prisão temporária e outros nove de busca e apreensão contra uma quadrilha suspeita de extorquir mediante sequestro funcionários da Caixa Econômica Federal, na Grande São Paulo.
As investigações que culminaram na operação Grajaú começaram em outubro de 2016, após o sequestro de familiares do tesoureiro de uma agência da Caixa, localizada na zona sul da capital paulista.As vítimas foram mantidas em cárcere privado e forçadas a vestir coletes com explosivos para coagir o tesoureiro a abrir o cofre e entregar o dinheiro aos criminosos.
Os sequestradores se comunicavam com os funcionários do banco por meio do aplicativo de troca de mensagens WhatsApp. Eles enviavam fotos de parentes das vítimas em situações de perigo.
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Em novembro, um segundo caso de extorsão mediante sequestro também foi registrado. Em ambos os casos, os cativeiros usados para manter os familiares dos bancários em cárcere privado encontravam-se no Grajaú, na zona sul. O fato deu nome à operação.
As investigações apontam que a quadrilha procurada pela PF é uma ramificação de um grupo responsável por um terceiro sequestro, também nos mesmos moldes, ocorrido em 2015. No inquérito policial que apurou o crime, três dos integrantes da organização criminosa foram identificados.
Nos três sequestros praticados, os criminosos utilizavam pelo menos quatro fuzis, pistolas e coletes com explosivos. Um dos investigados que estava sendo monitorado pela Polícia Federal, foi preso em flagrante com mais sete pessoas no último domingo (25), num carro blindado e com farta quantidade de armamento e munição.
Segundo a PF, os suspeitos foram presos no momento em que se preparavam para assaltar outra agência bancária. Os investigados responderão na Justiça pelos crimes de extorsão mediante sequestro, com penas que variam entre 12 e 20 anos de prisão. Os mandados de prisão foram expedidos pela 9ª Vara Federal Criminal de São Paulo.