Demora no atendimento causou morte de bebê de 1 ano, diz IML
Laudo técnico analisou caso de omissão de socorro do menino Breno Rodrigues, no Rio
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Justiça Negligência
O laudo técnico produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) concluiu que a médica Haydee Marques da Silva, de 66 anos, que negou socorro ao bebê Breno Rodrigues, de 1 ano e 6 meses, poderia ter evitado a morte da criança e que a demora no atendimento, seja qual for, foi determinante para o óbito de Breno. A médica recusou atendimento ao menino por não ser pediatra.
As informações estão em documento obtido pelo jornal Extra. De acordo com o laudo, a média deveria ter feito o antedimento em, no máximo, dez minutos devido ao quadro de saúde do menino. Breno apresentava sintomas de infecção, gastroenterite e taquicardia, e esperou uma hora e meio por outro atendimento.
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O laudo do IML indica, ainda, que médica poderia ter realizado, além de cateter nasal e ventilação com "ambu", outros procedimentos para salvar a vida de Breno. Normalmente,essas técnicas estão disponíveis em hospitais e ambulâncias que prestam socorro e transporte de pacientes.
A delegada Isabelle Conti, da 16ª DP, ainda não concluiu o inquérito. Ela deverá informar se vai indiciar Haydee pela morte do menino na próxima segunda-feira (3). "É um caso muito delicado, Preciso ler e reler com calma para tomar uma decisão", afirmou ela.
O pai da criança, Felipe Duarte, disse aguarda por "justiça". Em depoimento à polícia, a médica confirmou não ter atendido Breno por não ser pediatra. Haydee era funcionária da Cuidar Emergências Médicas, que prestava serviços para a Unimed-Rio.