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Aulas são canceladas nesta sexta após tiroteio inundar escola na Maré

Instituição de ensino estava vazia no momento em que houve troca de tiros entre PMs e traficantes

Aulas são canceladas nesta sexta após
 tiroteio inundar escola na Maré
Notícias ao Minuto Brasil

05:25 - 07/07/17 por Notícias Ao Minuto

Justiça Violência

Uma troca de tiros entre policiais e traficantes dentro da Escola municipal Osmar Paiva Camelo, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, nesta quinta-feira (6), furou uma caixa d’água e inundou a instituição de ensino. As aulas desta sexta tiveram de ser canceladas.

De acordo com moradores da Maré, a PM invadiu a escola e os traficantes ficaram do lado de fora. Já a PM, em nota divulgada ao site "Extra", informou que foram os bandidos que entraram na instituição de ensino e os agente ficaram do lado de fora.

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"Tem água para tudo quanto é lado. Precisaremos limpar a escola e consertar a caixa d’água. Com certeza estaremos sem aula", disse uma professora.

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No mesmo local está funcionando provisoriamente o Ciep Samora Machel, cujo prédio foi vítima de um incêndio no dia 19 do mês passado. A instituição também não funcionará por conta do alagamento.

A escola estava vazia no momento do tiroteio. As aulas haviam sido suspensas por conta da operação policial.

A Secretaria municipal de Educação (SME) informou que 14 escolas, 2 creches e 7 Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) da Maré não abriram nesta quinta-feira (6) por causa da violência, impactando 4341 crianças e adolescentes.

Como cita a publicação, com dados da ONG Redes da Maré, de janeiro a maio deste ano, houve 14 dias sem aulas, 19 dias sem postos de saúde, 18 pessoas feridas e 15 pessoas mortas.

"Enquanto o estado não garantir o direito à segurança pública da população da Maré, seus outros direitos como educação e saúde continuarão a ser desrespeitados. Só neste semestre escolar, as crianças e adolescentes da Maré já tiveram meio mês a menos de aula porque a forma com que são realizadas as operações policiais geram riscos tão grandes que as escolas ficam impedidas de abrir suas portas. Isso é inadmissível!", disse Lidiane Malanquini, coordenadora do Eixo de segurança pública da Redes da Maré.

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