Nunca vão saber por que pai matou filha no Dia dos Pais, diz delegada
Segundo profissional responsável pelo caso, não há o que apurar, já que o assassino se suicidou
© Reprodução/Facebook
Justiça Entenda
A delegada Débora Cristina Abdala Nóbrega, responsável pelo caso da mãe e da filha mortas a tiros pelo pai no domingo (13), Dia dos Pais, em Guaraci, no interior de São Paulo, revelou que "ninguém nunca vai saber" o que levou o homem a cometer o crime.
"O que pode ter levado um pai a expressar tanto ódio para dar três tiros no peito de uma filha? Ninguém nunca vai saber porque não deu tempo nem dela desabafar com alguém", disse a delegada em entrevista ao G1.
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O agente penitenciário Ronaldo da Silva Corrêa, de 49 anos, atirou na filha Anna Victoria Corrêa, de 17, na mulher Rosicleia da Silva, de 46, e na própria cabeça. Os assassinatos aconteceram pouco depois da adolescente publicar uma homenagem de Dia dos Pais no Facebook.
Em entrevista ao G1, a delegada disse ainda que a jovem tinha 17 anos, e não 18, como a Polícia Militar havia divulgado inicialmente. Nóbrega ainda vai ouvir alguns parentes para instaurar o inquérito e encaminhar para o Fórum, onde deve ser arquivado, já que o autor do duplo homicídio morreu.
"Não temos o que apurar. Vou ouvir a família para instruir o inquérito e porque é procedimento que deve ser feito devido às mortes, porque o suicídio dele não é crime", justificou.
A delegada afirma que em 21 anos de carreira já viu muitos casos chocantes, mas os homicídios de domingo têm um motivo especial para comover. "Sou mãe, tenho família e ouvir uma criança de 5 anos dizer que está com saudade e quer a mamãe é muito difícil. Não existe motivo para ele ter feito isso", disse ela.
O casal tinha um filho de 5 anos, que deve ficar com parentes até que a Justiça decida sobre a guarda dele.
Os três corpos foram velados e enterrados na última segunda-feira (14) em Guaraci.