Vereador é condenado por espancar e obrigar a esposa a comer terra
Guilherme Prócida (PSDB) foi sentenciado a 3 meses e 18 dias de detenção
© Arquivo Pessoal
Justiça São Paulo
Filho do prefeito e vereador de Mongaguá, em São Paulo, Guilherme Prócida (PSDB) foi considerado culpado de agredir a própria esposa, com socos na cabeça, arrastando-a pela escada e obrigando-a comer a raiz de um planta. Prócida foi condenado a 3 meses e 18 dias de detenção, nesta segunda-feira (13).
As agressões começaram no Natal de 2011, mas a professora de Educação Física, de 33 anos, acabou desistindo de denunciar o vereador na ocasião. Segundo a advogada Cristina Yoshiko Saito, que divulgou a sentença nesta quarta-feira (16), a professora só mudou de ideia ao descobrir uma amante do marido.
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"A briga ocorreu dentro da casa deles. Após relatar o que sabia ao Guilherme, ele deu diversos socos na cara dela, a puxou pelos cabelos e a arrastou pelas escadas. Ela disse que contaria a todos sobre a vida promíscua que ele mantinha, inclusive frequentando casas de swing (troca de casais)", contou Saito ao G1.
A advogada contou ainda que a cliente chegou a ser ameçada por e-mail, durante o processo. "Em um deles, estava escrito: 'Cuidado, você pode amanhecer boiando em um rio'. Tudo isso está nos autos, que foram julgados após quase cinco anos".
Advogado de Guilherme Prócida, Eugênio Malavasi disse que o cliente é inocente e irá recorrer à sentença. "Vamos entrar com recurso da apelação, pois não houve agressão ou ameaça, além do que, tudo já está prescrito", disse. O vereador é filho do prefeito Artur Parada Prócida (PSDB).