Jovem é estuprado em MG e agressor diz que ele 'salvou uma mulher'
O rapaz foi encontrado, graças a uma denúncia anônima, às margens de uma estrada do bairro Jardim Eldorado, com pés e mãos amarrados
© Reprodução
Justiça Uberaba
"Você salvou uma mulher", disse um estuprador à vítima, o estudante de biologia Mateus Henrique da Silva, 23 quando, momentos antes de cometer o crime, no último fim de semana, em Uberaba (MG). O jovem foi encontrado, graças a uma denúncia anônima, às margens de uma estrada do bairro Jardim Eldorado, com pés e mãos amarrados. O suspeito ainda não foi encontrado pela polícia.
Segundo o G1, quando a corporação chegou ao local, viu Mateus sem camisa, com arranhões pelo corpo. Ele foi levado por um suspeito de carro para uma mata. "Deparamos com o senhor Mateus sentado na beira da estrada bastante abalado psicologicamente", descreveu a Polícia Militar no boletim de ocorrência registrado nessa segunda-feira (21). A violência sexual foi constatada após exames no hospital.
+ Mulher autista mantida em cárcere pelo pai comia fezes, diz delegado
Nas redes sociais, Mateus publicou um texto, horas depois do ocorrido, sobre o abuso sexual. "Na manhã desse último domingo, durante minha caminhada matinal, eu, Mateus, homem cis, 23 anos, fui vítima de um estupro. Não foi sequestro, não foi assalto e mesmo que pareça, não foi homofobia. Foi estupro. Eu não daria conta de reproduzir aqui o meu depoimento, e tampouco sei se algum dia darei", escreveu o jovem.
A vítima também relatou na postagem que o agressor faria algo pior, além do estupro, se tivesse sequestrado uma mulher. "Segundo o cidadão, ele queria uma menina que provavelmente ia matar depois, já que encontrou só um garoto, esse ia salvar a vida dela", disse Mateus, que também ouviu do homem: ‘’Parabéns, você salvou uma mulher hoje’’.
O estudante, depois de ser liberado, percorreu um caminho de quase uma hora e meia. "Encontrei mais de 20 pessoas e todas me negaram ajuda. Acharam que eu era drogado, assaltante, mas não custava chamar a polícia, que era a única coisa que eu conseguia gritar. Eu estava sozinho. Com medo. Por fim, um motoqueiro me faz esse grande favor e depois de meia hora chega a bendita polícia", detalhou.
Veja a postagem do estudante no Facebook: