Pai de cantor sertanejo usava empresa para lavar dinheiro, diz polícia
Companhia de fachada era usada para ocultar recursos provenientes de falsificação de cigarros
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Justiça Investigação
O pai do cantor sertanejo Rafael Francisco Frare de Siqueira, da dupla Fábio e Rafael, usava uma companhia de produções artísticas da qual é sócio para lavagem de dinheiro arrecadado por meio da falsificação de cigarros. A conclusão é de investigação do delegado Renato Figueiroa, da Polícia Civil de Paraná.
Rafael, o pai, Clodoaldo José de Siqueira, e outras 11 pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (20). A empresa de fachada fica em Londrina (PR). "Nós apuramos, em um ano de investigações, que a empresa não se sustentava só com os shows da dupla sertaneja. O dinheiro que abastece a empresa foi arrecadado por meio dos cigarros falsificados", afirmou Figueiroa, ao G1.
De acordo com a Polícia Civil, Clodoaldo lidera uma organização criminosa que age em diversos estados. "Eles possuem gráficas em São Paulo, onde são confeccionados papeis e plásticos usados para montagem dos maços de cigarros. Em Minas Gerais, eles montaram duas fábricas clandestinas, onde falsificam cigarros paraguaios, na grande maioria, e distribuem, posteriormente, para todo país", explicou o delegado.
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No total, 35 mandados judiciais foram expedidos para cumprimento no Paraná, em São Paulo, em Minas Gerais e na Bahia. Dezesseis das ordens judiciais são de prisão e 19, de busca e apreensão. A ação foi batizada de "Operação Sem Filtro". Não foi encontrado indício de participação da dupla de Rafael, Fábio, no esquema.
Até o momento, a Polícia Civil pediu o sequestro de R$ 6,5 milhões dos bens do suspeito de liderar a quadrilha e de 19 veículos usados pela organização criminosa.