Fotos de um padrão de vida ostentação nas redes sociais, com viagens, motos de luxo, jet ski, bebidas caras e imóveis que nunca existiram. Esta seria a estratégia de Filipe Castanheira Ramos, de 32 anos, para ampliar a sua rede de contatos e fugir com o dinheiro de falsos imóveis alugados pela internet. Conhecido como o “homem das mil e uma faces”, ele foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta quarta-feira (20) por golpes aplicados naquele Estado.

Todo o luxo ostentado pelo suspeito de estelionato seriam financiado com o dinheiro de golpes. Segundo informações do R7, as fraudes aplicadas pelo suspeito não são de hoje e passaram por diversas cidades do Brasil. Castanheira já havia sido preso em Maceió e tem a ficha suja também em São Paulo.

Desta vez, o homem natural de São Paulo anunciava o aluguel de imóveis de luxo em Cabo Frio, no litoral do Rio de Janeiro. Interessados nas fotos das mansões, os clientes entravam em contato com o suposto corretor de imóveis, atraídos também pelos preços cobrados por Castanheira, abaixo da média de mercado. Assim que o inquilino transferia o dinheiro para a sua conta, ele desaparecia com o depósito e bloqueava os clientes nas redes sociais, sobretudo no Whatsapp.

O delegado Vinicius Dias explicou em entrevista ao programa Balanço Geral que o estelionatário retirava as fotos dos imóveis da própria internet para fazer a divulgação. “Ele via outras casas sendo alugadas, retirava [as fotos das casas] e falava que ele era o proprietário ou a pessoa que realizava as locações”.

Apenas em Minas Gerais, o golpe foi aplicado em Sabará, Juiz de Fora, Conselheiro Lafaiete e Belo Horizonte. O suspeito teria se mudado para Minas vindo de São Paulo, onde estava sendo ameaçado. Antes disso, foi preso por aplicar golpes com nomes de laranjas também em Alagoas, o que lhe rendeu a alcunha de “homem das mil e uma faces”.

A polícia mineira chegou ao suspeito após uma denúncia de um colega de apartamento de Filipe Castanheira, que desconfiou dos golpes. Ele terá que responder mais uma vez ao crime de estelionato, com pena entre 1 e 5 anos de prisão.

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