Polícia desvenda possível motivo de desavenças na Rocinha
O dono do morro, conhecido como Nem, teria ordenada a saída de Rogério 157 para que "Perninha" assumisse o domínio do tráfico na comunidade
© Bruno Kelly / Reuters
Justiça Traição
A guerra que persiste na Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio, há mais de uma semana pode ter sido por causa de uma traição. Um ultimato do dono do morro, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, a Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, procurado pela polícia, para entregar o comando do tráfico pode ter estremecido a relação entre os dois. O ordem foi dada após Nem desconfiar que houve roubo de altas quantias da quadrilha.
Segundo informações do Extra, assim que soube da notícia para abandonar o controle, Rogério 157 fez ameaças e disse que levaria os fuzis, que, segundo ele, foram adquiridas enquanto ele estava no poder. Nem discordou da atitude de Rogério, que, prontamente, deu ordem para matar Ítalo de Jesus, o Perninha, a quem seria entregue o comando com a saída do Rogério 157.
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Investigações da Polícia Civil apontaram que desde o início deste ano tanto Nem quanto Rogério estariam se preparando para uma guerra. No último dia 10, de acordo com as diligências, chegariam três fuzis para o traficante, além de duas mil balas de fuzil, produzidos na Bélgica, Romênia e Estados Unidos. O armamento foi apreendido com um motorista, que confirmou que seria encaminhado a Rogério 157.