MP denuncia 16 por esquema de pirâmide financeira no DF
Para ocultar esquema, grupo criou moeda virtual em 2016 e começou a assediar investidores no início deste ano
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Justiça Esquema
A 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon) denunciou, nesta quinta-feira (28) 16 pessoas em decorrência da Operação Patrick, que investiga um esquema criminoso por trás da moeda virtual Kriptacoin. Os envolvidos responderão na Justiça pelos crimes de organização criminosa, pirâmide financeira, estelionato, uso de documentos públicos, lavagem de dinheiro e obstrução à justiça.
As investigações, realizadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), apontaram a existência de associação criminosa voltada para a prática dos crimes de pirâmide financeira e estelionato, com a exploração de moeda virtual fictícia, cujo objetivo era a obtenção de vantagens ilícitas, em detrimento da confiança dos investidores.
A atuação da organização era caracterizada pela atração de pessoas dispostas a realizarem investimentos, com a promessa de lucros de 1% ao dia, com a moeda virtual Kriptacoin. Além disso, as vítimas também eram seduzidas pela possibilidade de perceberem lucros ainda maiores a partir da indicação de novos investidores, o que é característica das estruturas de pirâmide financeira.
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Os recursos obtidos por meio da fraude eram direcionados para pagar parte dos investidores, sendo que a maioria dos valores era destinada aos líderes do esquema e seus subordinados. Além disso, o dinheiro foi utilizado na compra de bens no nome de terceiros, que serviram como laranjas, inclusive com o uso de documentos falsos, também com o objetivo de dissimular a origem do dinheiro obtido ilegalmente.
Durante a operação, foram apreendidos bens de alto valor, além de grande quantia em dinheiro, que deverão ser usados para ressarcir os investidores. As investigações ainda estão em curso e podem resultar na identificação de outras pessoas envolvidas nos crimes. O processo tramita na 8ª Vara Criminal de Brasília. Com informações do MPDFT.