O ginecologista Pedro Augusto Ramos, de 59 anos, condenado a 130 anos por estuprar 15 pacientes, teve a sua sentença confirmada pela Justiça. De acordo com a decisão do Tribunal de Justiça de Rondônia, o médico que atuava na cidade de Ariquemes, no Vale do Jamari, deve continuar a cumprir a sua pena em regime fechado.

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Segundo informações do G1, apesar da defesa do réu ter apresentado recurso de apelação, alegando que os procedimentos "técnicos" utilizados pelo ginecologista fazem parte da rotina dos exames, os desembargadores entenderam que ele se aproveitou da vulnerabilidade das vítimas para se satisfazer sexualmente.

Consta nos autos do julgamento consultados pelo G1 que um exame ginecológico costuma durar no máximo cinco minutos, para evitar o incômodo físico e psicológico da paciente. Ainda assim, os exames realizados pelo ginecologista condenado chegavam a durar até 30 minutos, configurando uma situação de estupro de vulnerável, por conta do estado em que as pacientes se encontravam nos procedimentos.

O inquérito chegou a ouvir 200 pacientes, atendidas em um hospital particular, no posto de saúde municipal e no hospital regional do município, as quais relataram casos de violência sexual no tratamento de um aborto espontâneo, estupro e episódios de masturbação do ginecologista durante o atendimento. 

Assim, o colegiado da 1ª Câmara Criminal do TJ-RO julgou improcedente a apelação criminal, mantendo a sentença do juízo de Ariquemes na condenação de 130 anos de prisão pelos 15 crimes de estupro, praticados entre 2014 e 2015. A Justiça informou que o médico também é acusado do mesmo crime em Canutama (AM), onde e responde por um processo na Justiça do Amazonas.