Beira-Mar foi cliente de rede de doleiros que lavou R$ 8,5 bi, diz MPF
Operação denunciou 34 pessoas envolvidas em crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa
© Jamil Bittar/Reuters/Arquivo
Justiça Fronteira
O traficante de drogas Luís Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, teria utilizado o serviço de uma rede de doleiros que movimentou R$ 8,5 bilhões para criminosos do Brasil e do Paraguai em uma década. As
A informação é do procurador da República João Vicente Beraldo Romão. Ele denunciou 34 pessoas na Operação Hammer-on, que apura crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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"A denúncia indica diversos clientes do esquema, espalhados pelo Brasil todo e envolvidos com as mais variadas práticas criminosas", informou Romão, por e-mail, ao UOL. "Exemplificativamente, os investigados nas operações Cavalo de Fogo, Aletria, Pecúlio e Scriptus (esquema de 'Fernandinho Beira-Mar') valeram-se do esquema."
A advogada Paloma Gurgel, que defende Beira-Mar, informa não foi notificada judicialmente sobre qualquer vínculo entre seu cliente e investigados pela Operação Hammer-on. Ela nega relação entre Beira-Mar e doleiros que agem na fronteira do Brasil com Paraguai.