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Pastores são indiciados por estupros de membros de igreja em Goiás

Os acusados negam ter cometido os crimes. Entre as vítimas, estão adolescentes

Pastores são indiciados por estupros de membros de igreja em Goiás
Notícias ao Minuto Brasil

19:10 - 19/10/17 por Notícias Ao Minuto

Justiça Sacrifício de Abraão

Um casal de pastores foi indiciado por estupros de fiéis, nessa quarta-feira (18), em Edeia, no Sul de Goiás. Antônio Carlos de Jesus e Jéssica Teles da Cruz, presos desde setembro, induziam as vítimas, sendo a maioria adolescentes, a ter relações sexuais alegando que era para quebrar maldições. Os acusados negam ter cometido os crimes.

“Com as maiores de idade, Antônio falava que tinha uma maldição para quebrar e dava duas opções, uma opção era ter relação sexual com o cunhado ou o sogro e a outra, com ele. Se não fizesse, dizia que a vítima ou parentes iam morrer, ameaçava. Nas menores ele não dava a opção esdrúxula, dizia que tinha de quebrar a maldição com ele”, disse, em entrevista ao G1, o delegado responsável pelo caso, Quéops Barreto.

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Ainda de acordo com a reportagem, o pastor estuprou cinco fiéis da Igreja Falando com Deus. Duas das vítimas tinham 13 e 14 anos. A mulher, por sua vez, responderá pelos abusos sexuais cometidos contra duas adolescentes. “Constatamos que ela teve participação e deve responder pelos crimes porque ajudava a amedrontar as vitimas, instigava o medo e ajudava a convencê-las de fazer o ‘sacrifício’”, explicou o delegado.

O caso foi descoberto graças à mãe de uma vítima, de 16 anos, que questionou sobre virgindade no namoro. “O pastor disse que ela deveria fazer o ‘Sacrifício de Abraão’ porque ela tinha a maldição de sexo e só quebrava com sexo. Ele falava que, se não fizesse, a mãe e os irmãos iam morrer, usava a fé e o medo”, explicou Barreto.

O delegado acredita que podem haver mais vítimas. “Acreditamos que teve gente que não quis falar, ficou com receio de revelar. Mesmo com a conclusão do inquérito, as vítimas que desejarem podem procurar a delegacia para denunciar os abusos”, explicou.

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