Os sete militares do Batalhão de Choque (BPChoque) que atuaram na violenta operação no Complexo do Caju, Zona Norte do Rio de Janeiro, admitiram terem atirado em direção aos sete suspeitos mortos, na madrugada deste sábado (25). Em depoimento prestado à Polícia Civil, horas depois da ação, os policiais informaram ainda que os suspeitos também trocavam tiros com integrantes de facção rival.

A Delegacia de Homicídios (DH) informou que os mortos eram integrantes do Comando Vermelho. A principal suspeita da DH, segundo o Extra, é que eles tenham sido baleado pelos PMs e não rivais do Amigos dos Amigos (ADA) , com quem trocavam tiros. As duas facções disputam o controle do Complexo do Caju há dez dias.

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Os militares informaram ainda que a troca de tiros começou, por volta das 4h, quando eles estavam em um beco na Chatuba. Segundo os depoimentos, os tiros eram disparados de três direções quando o grupo do BPChoque revidou. Os policiais garantem que só encontraram os suspeitos baleados ao avançarem pelo beco.

Seis deles estavam na laje de uma casa e outro na área de serviço da residência ao lado. Os sete foram levados ao Hospital Souza Aguiar, mas já chegaram mortos. Segundo a unidade de saúde, uma criança ficou ferida durante a operação, mas foi atendida e passa bem.

Sete fuzis, além de inscrições do CV (Comando Vermelho) e do PU (Parque União, favela na Maré dominada pela maior facção do Rio). A polícia informou ainda que apreendeu 37 carregadores, 790 munições de vários calibres, dois radiocomunicadores, quatro granadas e diversos coletes a prova de balas. As armas dos policiais militares foram apreendidas pela DH para exame balístico.