'Foram os policiais’, diz padrinho de adolescente morto na Rocinha
O padrinho de Guilherme da Silva Veríssimo, 15 anos, Edson José de Aquino, 43, afirmou que onde a vítima foi baleada não havia tiroteio no momento
© Bruno Kelly/Reuters
Justiça Homicídio
A morte de um adolescente que foi assassinado na Rocinha, Zona Sul do Rio, nesse sábado (16), ganhou mais um capítulo horas depois do falecimento do garoto. O padrinho de Guilherme da Silva Veríssimo, 15 anos, Edson José de Aquino, 43, afirmou que onde a vítima foi baleada não havia tiroteio no momento.
"Foi somente um disparo. O tiro veio de longe. Foi de sniper. Com certeza, foram os policiais", afirmou, em entrevista ao Extra, Edson. O menino foi atingido nas costas dentro de um bar, onde esperava para jogar futebol num campo próximo. O padrinho de Guilherme contou que o afilhado não tinha envolvimento com o tráfico de drogas.
Apesar da declaração de Edson sobre o disparo ter sido efetuado por um policial, a PM declarou, por meio de nota, que "um suspeito" havia morrido durante operação do Bope na favela. No entanto, Guilherme não foi identificado como o suspeito. De acordo com a Polícia Civil, só houve uma ocorrência de homicídio na comunidade.
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No comunicado, a corporação afirmou que, durante ação do Bope na favela, “houve confronto” e, após vasculhamento, “os policiais encontraram um suspeito ferido, que não resistiu aos ferimentos”. De acordo com a nota, o suspeito “estava usando uma bermuda com a inscrição ‘Amigos do Rogério 157’, preso no início deste mês”.
A operação, segundo a PM, “faz parte de um esforço conjunto das unidades do Comando de Operações Especiais (COE) com objetivo de levar estabilidade” à Rocinha. A ocorrência foi registrada na Delegacia de Homicídios (DH), que fez perícia no local.