Suspeitos de morte de advogado com soco são condenados; 5 PMs
Roberto Caldart morreu após um soco recebido de um policial enquanto defendia seu cliente durante uma tentativa de reintegração de posse
© Reprodução
Justiça Santa Catarina
Quase 20 meses após a morte do advogado Roberto Caldart, durante uma tentativa de reintegração de posse sem mandado judicial, a Justiça de Santa Catarina condenou nesta terça-feira (19) cinco policiais militares e outras três pessoas pelo crime. O caso ocorreu em maio de 2016, em Palhoças, na Grande Florianópolis, enquanto o advogado defendia um cliente na ação.
A vítima foi agredida com um soco no pescoço por um policial militar que estava de folga, junto a outros agentes, dois seguranças privados e um empresário. Os oito envolvidos foram denunciados por lesão corporal seguida de morte e condenados pela 1ª Vara Criminal de Palhoça nesta terça-feira (19).
+ Juíza nega prisão domiciliar a acusado de contaminar mulheres com HIV
“Devido a esse soco, de acordo com o laudo pericial, a vítima entrou em colapso e veio a óbito”, disse o advogado de defesa, Moacir Correia de Andrade, ao G1.
Foram condenados Rubi de Freitas (que queria a reintegração de posse), Juliano Cleberson de Campos e Daniel Silva de Jesus (seguranças privados), Jairo Lima Júnior, Vanderlei Bento da Costa, Fabiano Roberto Vieira, Gilberto José Apolinário e Lucas Ricardo da Silva (policiais militares).
Todos os réus foram condenados por lesão corporal seguida de de morte, ameaça e fazer justiça com as próprias mãos. Cada um deve cumprir pena de cinco a oito anos de prisão, além da perda da função de policiais militares decretada pela Justiça para os agentes.