Homem que matou 71 pessoas pode ser solto em 2019

Pedrinho Matador, como é conhecido, foi condenado a 400 anos de prisão, mas, como a legislação brasileira só permite até 30 anos, a soltura pode ser decretada já no próximo ano

© Divulgação

Justiça serial killer 16/04/18 POR Notícias Ao Minuto

Pedro Rodrigues Filho, conhecido popularmente como Pedrinho Matador, foi um dos mais maiores assassinos em série do Brasil, sendo responsável por, pelo menos, 71 mortes. O seu primeiro homicídio foi cometido quando tinha apenas 14 anos. Em 2003, Pedro, hoje com 64 anos, recebeu uma pena acumulada de 400 anos, mas, como a legislação brasileira só permite um máximo de 30 anos, ele foi libertado em 2007, e recapturado em 14 de setembro de 2011. Ele deve ser libertado já no próximo ano.

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Pedro, natural de Minas Gerais, entrou no mundo rodeado de violência. Em 1954, ele nasceu com uma pequena deformação no cérebro em decorrência das constantes agressões que a mãe sofria pelo pai. A mulher acabou sendo morta, anos depois, pelo próprio marido e pai de Pedro, a machadadas.

A primeira vítima de Pedrinho Matador foi o vice-prefeito de Santa Rita do Sapucaí, cidade onde morava. A motivação do crime foi porque a vítima demitiu o pai dele, acusando-o de ter roubado comida da escola onde era segurança. A morte seguinte foi a do segurança que tinha sido o verdadeiro autor do roubo. Quando atingiu a maioridade, aos 18 anos, Pedro já tinha matado dez pessoas.

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Imagem antiga de Pedrinho junto a uma mais recente. 'Mato por prazer', lê-se numa tatuagem seu braço © Reprodução

Após as mortes, foi para São Paulo, onde se apaixonou por Maria Aparecida, que acabou morta por criminosos da região. Pedro procurou os possíveis responsáveis e matou todos eles. Quando descobriu que a mãe havia sido morta pelo pai e que estava preso em uma cadeia, foi até a unidade prisional e assassinou o pai com 22 golpes de faca.

A prisão de Pedro aconteceu em maio de 1973. Foi colocado dentro de um carro de polícia com outros dois criminosos, incluindo um estuprador. Quando agentes foram ao carro buscá-los, o agressor já estava morto., sendo este o último capítulo da sua sangrenta história. Dentro da cadeia, matou mais 47 pessoas.

Há, inclusive, uma comparação à personagem de ficção ‘Dexter’, por executar, também, outros criminosos ou pessoas que, de acordo com a sua perspectiva, tratavam ele mal. Um especialista chegou a denominá-lo como o “psicopata perfeito”.

 

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