Câmeras de segurança foram desligadas horas antes da morte de Marielle
Apesar de o contrato de manutenção dos equipamentos ter terminado em outubro, o sistema continuou funcionando por mais de quatro meses até serem desconectadas entre 24 e 48 horas antes do crime
© Ricardo Moraes/Reuters
Justiça no trajeto
Há exatos 50 dias após a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 14 de março, no centro do Rio, mais um detalhe sobre o caso foi desvendado. Cinco câmeras da Secretaria de Segurança instaladas no trajeto percorrido pelo carro em que estavam as vítimas foram desligadas entre 24 e 48 horas antes do crime.
Segundo informações do Extra, apesar de o contrato de manutenção dos equipamentos ter terminado em outubro, o sistema continuou funcionando por mais de quatro meses até serem desconectadas.
+ Policiais de UPP são atacados por criminosos no Complexo do Alemão
Uma das câmeras, relatou a reportagem, que monitora, por exemplo, a Praça Onze, não operava no dia das execuções. As imagens da estação do metrô do Estácio, que gravam em 360º, também não funcionavam. Esse ponto fica exatamente onde o veículo foi alvejado, na Rua Joaquim Palhares.
Entenda o caso
Na noite do dia 14 de março, a vereadora Marielle Franco (PSOL) foi morta a tiros no bairro do Estácio, na região central do Rio de Janeiro. Além da vereadora, o motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, também morreu baleado. Outra passageira, assessora de Marielle, foi atingida por estilhaços e sobreviveu. A principal linha de investigação da Delegacia de Homicídios indica que se tratou de uma execução.