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Após mortes e prisões, comunidades amanhecem sem tiros no Rio

As localidades foram ocupadas para uma ação contra o crime organizado, pelo Comando Conjunto das Forças Armadas, em apoio à Secretaria de Estado de Segurança Comunidades ocupadas no Rio amanhecem em clima de traquilidade

Após mortes e prisões, comunidades amanhecem sem tiros no Rio
Notícias ao Minuto Brasil

09:29 - 20/05/18 por Notícias Ao Minuto

Justiça Tranquilidade

As comunidades do Complexo do Lins, dos morros da Praça Seca e da Cidade de Deus, ocupadas desde a noite de sexta-feira (18) por forças de segurança, amanheceram em clima de tranquilidade neste domingo (20). As localidades foram ocupadas para uma ação contra o crime organizado, pelo Comando Conjunto das Forças Armadas, em apoio à Secretaria de Estado de Segurança.

Foram incluídas na ação as comunidades do Bateau Mouche, Caixa D’Água, Chacrinha, Mato Alto, Barão (José Operário), Covanca e Pendura-Saia, todas na região da Praça Seca, zona oeste da cidade. Oito homens morreram, sete deles no Complexo do Lins. Um dos mortos foi Sérgio Luis Luiz da Silva Júnior, conhecido como Da Russa, líder do tráfico na Praça Seca, que tinha fugido para o Lins.

O Disque-Denúncia oferecia recompensa de R$ 30 mil a quem desse informações sobre o paradeiro de Da Russa, que foi indiciado em 2016 por participação no estupro coletivo de uma adolescente no Morro São José Operário, na Praça Seca. A oitava vítima morreu na Cidade de Deus, em confronto com as equipes da Polícia Militar.

A ação estendeu-se ao Complexo do Lins e também à Cidade de Deus, com cerco pela mata fechada pelas equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) para surpreender os líderes do tráfico da região da Praça Seca, que usam como meio de fuga a mata fechada, que dá acesso às duas primeiras comunidades, controladas pela mesma facção criminosa, o Comando Vermelho (CV).

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Participaram da operação 2.800 militares das Forças Armadas, 300 policiais militares e 240 civis, que tiveram apoio de meios blindados, aeronaves e equipamentos pesados de engenharia. Foram detidas 25 pessoas e apreendidos cinco fuzis, duas granadas e grande quantidade de drogas e celulares.

Devido à operação no Complexo do Lins, a Estrada Grajaú-Jacarepaguá foi fechada por mais de nove horas, por medida de segurança, para evitar que motoristas de carros de passeio e de ônibus que usam a via fossem vítimas de balas perdidas. Neste domingo, a estrada está com tráfego normal nos dois sentidos.

O secretário de Segurança do Rio, Richard Nunes, disse que a operação realizada pelo Comando Conjunto na Praça Seca, Cidade de Deus e Complexo do Lins “mostra a importância do trabalho integrado, tanto na inteligência como na execução, com a participação dos órgãos de segurança envolvidos na intervenção federal”.

"A ação foi um divisor de águas, porque estamos rearticulando a segurança nas regiões de Jacarepaguá e do Grande Méier. Essa operação está alinhada com o aprimoramento das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) dessas áreas. Logo, não é uma ação pontual”, afirmou o general Richard Nunes. “Essa ação integrada está dentro de um complexo de medidas que visam a melhorar a segurança de parcela considerável da população do estado”, acrescentou.

O coronel Carlos Cinelli, porta-voz do Comando Militar do Leste, informou que, no início da noite passada, a operação entrou na fase de manutenção do que já foi conquistado pelo Comando Conjunto das Forças de Segurança. “O efetivo de grande porte das Forças Armadas já foi retirado e, no momento, está sendo usado o patrulhamento dinâmico, com pontos de bloqueio das vias de acesso às comunidades.” Com informações da Agência Brasil.

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