Laudo aponta que mulher envenenou e cortou veia de filho no DF
Ao pedir ajuda, a mãe confessou ao porteiro do prédio onde mora que matou o filho e tentou se suicidar
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Justiça Assassinato
Investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelaram que João Lucas de Pina Feitosa, de 3 anos, morto pela mãe, a pediatra Juliana de Pina Araújo, de 34, no Distrito Federal, sofreu um corte na veia femoral direita, responsável por levar o sangue da perna para o coração. A polícia também já havia identificado uma possível intoxicação por medicamentos.
Como apurado pelo Metrópoles, a lesão pode ter sido feita com um bisturi que foi encontrado na casa. Contudo, a casa da morte do menino foi uma insuficiência respiratória por intenso edema pulmonar, provavelmente causado por intoxicação após ingestão dos medicamentos, aponta o laudo cadavérico preliminar.
“Apesar do fato de que tal lesão poderia levar ao óbito por choque hipovolêmico, esta não foi a causa do óbito, tendo, no máximo, funcionado como concausa”, explicou o delegado adjunto da 1ª DP (Asa Sul), João de Ataliba Nogueira.
O caso ocorreu na quarta-feira (27), no 4º andar do Bloco J da 210 Sul. Segundo testemunhas, a médica teria descido do apartamento e contado ao porteiro e a um morador do prédio que tinha matado o filho e tentado se matar. Ambos foram levados para o hospital.
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No local do crime, foram encontradas duas cartelas vazias de Frontal e outra cartela de Ritalina com 18 comprimidos faltando. Ambos os medicamentos atuam no sistema nervoso.
O pai de João Lucas contou em depoimento que o filho já havia sido internado em janeiro deste ano após se intoxicar com medicamentos da mãe. Na época, Juliana disse que a ingestão foi acidental.
Juliana não prestou depoimento. Ela foi indiciada por homicídio duplamente qualificado, pois tentou envenenamento sem dar chance de defesa à vítima. O inquérito foi concluído e encaminhado para a Justiça.