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'Eu ainda tenho medo', diz jovem baleada pelo ex no Rio

Acusado cometeu suicídio após atentado; atual namorado da vítima também foi baleado e segue internado

'Eu ainda tenho medo', diz jovem baleada pelo ex no Rio
Notícias ao Minuto Brasil

06:24 - 06/07/18 por Notícias Ao Minuto

Justiça Trauma

Depois de ter sido baleada pelo ex-namorado, Paulo Henrique Goulart Nóbrega, de 43 anos, há uma semana, a jovem de 24 ainda sente medo e sofre. Quatro dias depois de atentar contra a vida da ex e do atual namorado dela, que também ficou ferido, o acusado cometeu suicídio.

"Eu ainda tenho medo. Estou há quase seis meses nessa agonia, então ainda não caiu a ficha. Ao longo desse tempo, não teve um dia que eu tenha conseguido manter minha rotina. Minha vida parou de tal forma que ainda não consigo acreditar que chegou a esse ponto", lamenta a jovem, de acordo com informações de O Globo.

Ela foi internada no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, no Rio, mas já recebeu alta. O namorado segue internado, mas não corre risco de morte. A vítima explica que Paulo Henrique não aceitava o fim do relacionamento e, para persegui-la, fazia ligações de números desconhecidos. Por isso, uma simples chamada em seu celular é motivo de apreensão.

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A jovem ainda conta que foi percebendo o comportamento agressivo do acusado com o passar do tempo. "Ele se mostrava muito educado, falava bem, era bem instruído. Realmente sabia se portar em qualquer situação. Mas com o passar do tempo, fui percebendo que ele tinha mudanças de humor repentinas em fatos cotidianos. Eram fatos como um flanelinha pedindo dinheiro ou um garçom cobrando os dez por cento. Essas coisas de repente o tiravam ele do sério. Ele ficava explosivo. Simplesmente deixamos de sair porque eu ficava com medo do que poderia acontecer. Minha vida social acabou. Passei a viver numa prisão", relembra.

Ela ainda se queixa da polícia, a quem pediu ajuda, mas não foi atendida. "A Justiça foi muito falha e a polícia também. Pedi ajuda, registrei as ameaças e nada foi feito. Ele chegou a me mandar um áudio dizendo que sabia das medidas protetivas, mas não tinha sido intimado, então não cumpriria nada. Deixaram acontecer o pior", critica.

"Por causa do nervosismo, fiquei com problemas de saúde. Minha vida mudou demais ao longo desses meses e eu deixei de andar na rua sozinha. Mas, aos poucos, esse medo vai passar e eu vou retomar minha vida", completa a jovem.

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