Meteorologia

  • 05 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Polícia apura se francês morto em Paraty foi vítima de intolerância

Hipótese foi levantada por amigos da vítima, pois parte de suas obras e de sua casa foi queimada. O jovem era artista, gay e praticava candomblé

Polícia apura se francês morto em Paraty foi vítima de intolerância
Notícias ao Minuto Brasil

06:26 - 17/07/18 por Notícias Ao Minuto

Justiça Investigação

A morte do artista plástico francês Cédric Alexandre Vacherie (que usava o nome artístico Cedric Jaurgoyhen Madala), de 33 anos, em um sítio no pacato bairro de Barra Grande, em Paraty (RJ), chocou a cidade. A polícia investiga se o jovem foi vítima de intolerância.

A casa de Cédric foi queimada pelos criminosos e o corpo foi encontrado com um tiro na cabeça por um pedreiro que foi fazer um trabalho na região.

Amigos do francês acreditam que ele pode ter sido vítima de um crime de intolerância, pois era estrangeiro, gay e praticava candomblé.

"Acredito que ele foi executado por essas questões. Por ele ser gay, do candomblé, estrangeiro e artista. Algumas pessoas da cidade falam da possibilidade de ter traficantes já no lugar", disse ao O Globo uma amiga, que não quis se identificar.

Para ela, o fato da casa ter sido encontrada parcialmente incendiada, assim como algumas obras do artista, reforça a suspeita de intolerância.

+ Governo investiga atuação de coiotes que levam brasileiros para os EUA

Um morador da região contou à reportagem que Cedric teve problemas com alguns sitiantes que usavam a propriedade dele como atalho. "Ele ficava incomodado porque as pessoas passavam bem em frente da casa dele. Ele fechou a passagem, mas mandou abrir uma estrada para que os sitiantes pudessem passar", contou.

O delegado Uriel Alcântara Machado, titular da 167 DP (Paraty), responsável pelo caso, explicou ao O Globo que ainda não é possível afirmar se o incêndio foi criminoso.

"A perícia está analisando, mas no local não foi possível confirmar se o incêndio foi criminoso ou acidental. Vamos ouvir os pedreiros que trabalhavam no sítio e buscar outras testemunhas", disse ele.

A polícia busca agora por testemunhas, alguém que tenha ouvido os tiros, visto as labaredas ou qualquer outro movimento suspeito.

Campo obrigatório