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Exército investiga uso de brinquedos como barreiras do tráfico no Rio

Hipótese está sendo apurada a partir da constatação, hoje (17), da presença de pula-pulas no meio da rua da favela de Antares, onde ocorrem operações

Exército investiga uso de brinquedos como barreiras do tráfico no Rio
Notícias ao Minuto Brasil

18:39 - 17/08/18 por Notícias ao Minuto Brasil

Justiça Suspeita

A instalação de inocentes pula-pulas em acessos a comunidades pode ser uma tática de traficantes com objetivo de impedir as operações do Exército e da polícia nesses locais. A hipótese está sendo investigada pela inteligência militar, a partir da constatação, hoje (17), da presença desses brinquedos no meio da rua da favela de Antares, na zona oeste, onde ocorrem operações contra o tráfico.

De acordo com o porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), coronel Carlos Cinelli, chamou atenção da inteligência a coincidência da instalação dos pula-pulas bem onde antes haviam barreiras que foram removidas.

“Essa informação chegou ao nosso conhecimento e estamos analisando para ver se é apenas uma coincidência o fato de, na semana em que as barricadas começaram a ser removidas, brinquedos foram colocados nos seus lugares. Ou se é uma estratégia deliberada de criminosos para impedir o avanço das forças de segurança. Essa segunda hipótese, caso configurada, seria um demonstrativo do nível de barbaridade perpetrado por esses criminosos com quem nós estamos lidando nesses ambientes”, contou Cinelli.

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Ele lembrou que o Artigo 144 da Constituição Federal diz que a segurança é um dever do Estado, mas é responsabilidade de todos. “Os cidadãos não podem compactuar com práticas que conduzam à exacerbação das atitudes conduzidas por criminosos”, destacou o coronel. Segundo ele, os pula-pulas, instalados no meio da rua, naturalmente atraem crianças. E isso praticamente impede a realização de operações no local. Se isto for confirmado, de que o tráfico estaria utilizando crianças como forma de se protegerem, seria um verdadeiro crime de guerra, frisou o coronel.

Sobre a operação realizada hoje no Complexo do Alemão, que contou com a presença do Exército e da Polícia Civil, Cinelli disse que se tratou de uma ação pontual de inteligência, para o levantamento de informações, e que não resultou em prisões ou apreensões.

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