Família de mulher morta durante blitz da PM vai entrar na Justiça
Corpo de Vânia Silva Tibúrcio Lopes foi sepultado nesta quarta no Cemitério Nossa Senhora das Graças
© Fernando Frazão/ Agência Brasil
Justiça Baixada Fluminense
A família da costureira que morreu após ser baleada por um policial militar durante uma abordagem policial em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, vai entrar na Justiça contra o estado do Rio. Nesta quarta-feira (23), o corpo de Vânia Silva Tibúrcio Lopes foi sepultado no Cemitério Nossa Senhora das Graças.
"Vou cuidar dos meus sobrinhos como se fossem meus filhos. O policial que fez o disparo, a gente perdoa ele. A gente sabe que a profissão dele é uma profissão arriscada. Mas o ato que ele fez, isso ninguém aceita", afirma o irmão da vítima, Paulo César Tibúrcio.
De acordo com o jornal 'O Extra', Vânia era casada e deixou dois filhos, um de 8 anos e outro de 10.
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"O policial é despreparado. Sem necessidade, deu dois tiros e acabou matando minha cunhada. Vamos correr atrás dos nossos direitos. A família vai entrar na Justiça contra o estado", afirmou o cunhado de Vânia.
Vânia foi baleada na noite da última segunda-feira quando o Volkswagen Up em que ela e o marido estavam foi parado em uma blitz e um dos policiais atirou contra o veículo alegando que o carro tentou furar o bloqueio, o que é contestado pelo marido da costureira, Carlos Alberto Lopes Júnior.
Segundo a PMERJ, "o motorista desembarcou com o veículo ligado e engrenado. O carro, em movimento, quase atropelou um dos policiais, induzindo a guarnição a achar que se tratava de uma tentativa de fuga ao bloqueio por supostos outros ocupantes. Foi quando houve o disparo".