Policiais não viram arma na mão de garçom morto com guarda-chuva
Apenas o PM Rodrigo da Silva atirou oito vezes contra Rodrigo Serrano, de 26 anos
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Justiça Rio de Janeiro
Nenhum dos sete policiais militares da UPP Babilônia/Chapéu-Mangueira que participaram da ação no último dia 17 disse ter visto o garçom Rodrigo Serrano, de 26 anos, segurando uma arma. Segundo testemunhas, a vítima estava segurando um guarda-chuva no momento em que sofreu os disparos.
De acordo com o jornal 'Extra', apenas o PM Rodrigo da Silva atirou oito vezes contra o garçom. Em três depoimentos, o soldado disse que não atirou contra um alvo específico, mas sim que efetuou os disparos contra um grupo de traficantes, que teria atacado os policiais.
A reportagem diz ainda que nenhuma arma foi apreendida no local. Uma testemunha ocular nega a versão do PM, dizendo que não houve confronto entre policiais e traficantes. De acordo com o relato, um dos agentes teria gritado "olha lá, é ele" antes de Silva efetuar os disparos contra Serrano.
O chefe da vítima, César Salas, já havia revelado que ele brigou com um policial militar três semanas antes de ser assassinado.
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