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Após matar homossexual, suspeito teria gritado 'viva Bolsonaro'

Provável causa da morte foi traumatismo craniano decorrente de um golpe na cabeça

Após matar homossexual, suspeito teria gritado 'viva Bolsonaro'
Notícias ao Minuto Brasil

05:49 - 07/10/18 por Notícias Ao Minuto

Justiça Curitiba

Um cabeleireiro de 57 anos, homossexual, foi encontrado morto dentro do seu apartamento em Curitiba na última quarta-feira (3). A provável causa da morte foi um traumatismo craniano decorrente de um golpe na cabeça.

De acordo com o site de ativismo LGBTQI+ 'Põe na Roda', a morte ocorreu após José Carlos Oliveira Matos, ou Cacá como era conhecido pelos amigos, marcar um encontro com um homem que conheceu em um aplicativo de encontros.

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Por volta das 6h da manhã da última quarta, vizinhos ouviram barulhos vindo do apartamento de Cacá. Ao meio dia, uma vizinha mais próxima estranhou a ausência do amigo e entrou em seu apartamento. Lá, estranhou a presença de um rapaz sem camisa, que disse que Cacá havia saído para comprar cigarros. Logo depois, o suspeito deixou o prédio.

No período da tarde, uma cliente chegou no prédio para cortar o cabelo com Cacá e o porteiro do prédio tentou entrar em contato com ele. Por WhatsApp, o porteiro recebeu mensagens com citações a Bolsonaro.

Notícias ao Minuto(Reprodução / WhatsApp)

O síndico foi avisado assim que o porteiro suspeitou a mensagem. A polícia foi chamada e o corpo da vítima foi encontrado dentro do armário. Ele estava enrolado em um cobertor, com os pés e as mãos amarrados.

Ainda de acordo com o portal, o porteiro disse que o suspeito teria passado pelo prédio à noite e perguntado sobre Cacá. Ao saber que a vítima estava morta, ele teria exclamado "Viva o Bolsonaro" e deixado o local.

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A vizinha também recebeu mensagens estranhas por WhatsApp, que supostamente seriam de Cacá pedindo para marcar um encontro. Ela avisou à polícia, que conseguiu deter o suspeito em flagrante na Praça Santos Andrade. Ele estava armado com um facão.

O reportagem do 'Põe na Roda' diz ainda que o caso está sendo acompanhado pelo jornalista Allan Johan, Assessor das Políticas da Diversidade Sexual da Prefeitura de Curitiba. A investigação está sendo conduzida pelo delegado Luiz Alberto Cartaxo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

Em um primeiro momento, investigadores acreditavam que o crime estava relacionado a "algo envolvendo um relacionamento", segundo informações do DHPP ao jornal Tribuna do Paraná. Mas o caso foi encerrado nesta quinta-feira (4) como latrocínio, roubo seguido de morte. Um homem foi preso pela morte da vítima, mas o assassino teria sido acompanhado por um casal "na intenção de subtrair objetos do apartamento". 

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