Justiça decreta prisão de milicianos da região metropolitana do Rio
À organização criminosa são atribuídas dezenas de homicídios, sequestros e desaparecimentos, além da rotina de extorsões lucrativas a comerciantes do local
© Mariana Bazo/Reuters
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A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de sete integrantes de uma milícia que age em Itaguaí, região metropolitana do Rio, investigada no âmbito da Operação Freedom, deflagrada no início de agosto passado. O pedido foi encaminhado pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio.
A Justiça decretou a prisão preventiva dos milicianos Antônio Carlos de Lima, Carlos Eduardo Benevides Gomes, Marco Antônio Cosme Sacramento, Wallace Batista de Oliveira, Magnun Cirilo da Silva, Carlos Augusto Constantino da Silva e Ruan de Oliveira Dias, todos integrantes da denominada Milícia de Chaperó.
A Polícia Civil, em diligência requisitada pelo Ministério Público no Condomínio Safira 2, do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, no dia 30 de maio último, encontrou diversas armas de fogo, inclusive de uso restrito, como metralhadoras, pistolas e revólveres, 172 projetis dos calibres 38, 40 e 9 milímetros, além de sete radiocomunicadores, cinco balaclavas, quatro coletes balísticos e cintos táticos, gandolas e outras vestimentas com insígnia da Polícia Militar.
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À organização criminosa são atribuídas dezenas de homicídios, sequestros e desaparecimentos, além da rotina de extorsões lucrativas a comerciantes do local.
A Operação Freedom investiga um grupo criminoso que, mantendo laços com grupo de milicianos que dominam a região de Santa Cruz e Campo Grande, na zona oeste da capital, atua em Itaguaí e encontra-se em expansão para a região da Costa Verde e Piraí, no sul fluminense.
A milícia opera com bases em condomínios do Programa Minha Casa, Minha Vida no bairro Chaperó, onde controla a venda de botijões de gás de cozinha e sinal de TV a cabo, obrigando os moradores a comprarem o produto e o serviço de TV a cabo somente das mãos dos milicianos.
Pela nova denúncia, os milicianos vão responder pelos crimes do Estatuto do Desarmamento, alusivos ao gerenciamento e ocultação de parte do arsenal de armas que aparelhava as ações violentas da milícia que age na Costa Verde, principalmente no município de Mangaratiba e na região de praia e cachoeiras de Muriqui, que pertence ao mesmo município. Com informações da Agência Brasil.