Caso Daniel: Cristiana Brittes será denunciada por homicídio
Segundo promotor do MPF, 'crime de homicídio jamais teria acontecido da forma como aconteceu sem a atuação determinante da Cristiana'
© Erico Leonan/São Paulo FC
Justiça Investigação
Cristiana Brittes será denunciada, junto com o marido, Edison Brittes Júnior, pelo homicídio do jogador Daniel Correa. Além do casal, Eduardo da Silva, Ygor King e Willian David da Silva respondem pela morte de Daniel.
O jogador do São Paulo foi encontrado morto e com o órgão sexual mutilado no dia 27 de outubro, perto de uma estrada rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR). O crime aconteceu na sequência da festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Cristiana e Edison Brittes.
Desde a última quarta-feira (21), Cristiana respondia pelos crimes de fraude processual e coação de testemunhas, porém o promotor do Ministério Público do Paraná (MP-PR), João Nilton Salles, decidiu denunciá-la também pelo homicídio do jogador.
"Com a análise do inquérito, a conclusão que eu cheguei é que todo esse crime de homicídio jamais teria acontecido da forma como aconteceu sem a atuação determinante da Cristiana", disse o promotor ao 'Fantástico', da 'TV Globo', neste domingo (25). A denúncia deve ser apresentada no decorrer desta semana.
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O inquérito policial afirma que Daniel foi agredido até a morte depois de ser flagrado por Edison na cama de Cristiana. O suspeito confessou o crime, alegando que o jogador tentou estuprar a esposa.
Cristiana e Edison Brittes
De acordo com o promotor, Cristiana "sabia do caráter do marido, da personalidade violenta dele, e quando se iniciaram os atos de homicídio que culminaram na morte do Daniel, ao invés de tentar evitar essa conduta, ela determinou, isso tá claro nos autos, que o Daniel fosse retirado da casa e que eles terminassem os atos de execução fora".
O advogado da família Brittes, Cláudio Dalledone, nega as acusações contra Cristiana. Ele afirma que a mulher tentou impedir as agressões: "Mais de uma testemunha ouviu 'vão ajudar o rapaz'", alega. Segundo o defensor, ela ainda teria chamado socorro e pedido para os presentes ligarem para a polícia.
No momento, sete pessoas estão presas temporariamente por envolvimento no crime: Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian, indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver; Allana Brittes, indiciada por coação de testemunhas e fraude processual; e Eduardo Purkote, indiciado por lesão corporal grave; além do casal Cristiana e Edison Brittes.