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Polícia faz operação para prender traficantes na cracolândia, em SP

São cumpridos 12 mandados de prisão contra suspeitos da venda de crack, além de 7 mandados de busca e apreensão em sete pequenos hotéis da região

Polícia faz operação para prender traficantes na cracolândia, em SP
Notícias ao Minuto Brasil

07:52 - 28/11/18 por Folhapress

Justiça Tráfico

A Polícia Civil de São Paulo realiza na manhã desta quarta-feira (28) uma operação de combate ao tráfico de drogas na cracolândia, na região central da capital paulista.

São cumpridos 12 mandados de prisão contra suspeitos da venda de crack no chamado "fluxo" (área de concentração de dependentes) e 7 mandados de busca e apreensão em sete pequenos hotéis da mesma região. A suspeita é que os estabelecimentos sejam utilizados pelo tráfico como entreposto da droga.

Há equipes de policiais espalhadas pelas ruas Barão de Piracicaba, Largo Coração de Jesus e rua do Triunfo, onde funcionam esses hotéis. Não há informações, por ora, da prisão de algum dos traficantes procurados.

Segundo policiais ouvidos pela Folha, não haverá remoção de usuários na ação desta manhã, como ocorrido no ano passado.

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Participam da operação cerca de 300 homens da Polícia Civil (Denarc), da Polícia Militar e, ainda, equipes de operações especiais da Guarda Civil Metropolitana, com a utilização do canil.

Batizada de Campos Elíseos 2, a ação vem sendo articulada há cerca de oito meses por membros das três instituições, ligadas hoje às gestões Márcio França (PSB) e Bruno Covas (PSDB), em desdobramento da megaoperação desencadeada em maio de 2017.

Na época, além da ação policial com mais de 70 traficantes como alvo, a prefeitura, sob João Doria (PSDB), e o governo de São Paulo, então a cargo de Geraldo Alckmin (PSDB), realizaram um trabalho para desobstrução de ruas, como a Dino Bueno, então tomada por usuários e traficantes.

Havia barracas montadas exclusivamente para venda da droga, que aceitavam pagamento até como maquininhas de cartão. Equipes da prefeitura eram proibidas de acessar o "fluxo".

Atualmente, segundo policiais que participam da operação, o número de usuários estaria reduzido para metade do que era antes. Também não há mais barracas para o comércio de drogas. As vendas do crack ocorrem de maneira mais precária, sob guarda-chuvas. 

Parte dos dependentes que ficavam no local naquela época, porém, acabou dispersando pelo centro e para outros bairros da cidade. 

Os alvos dos mandados de prisão desta quarta, entre homens e mulheres, foram filmados ao longo da investigação vendendo droga. Já os hotéis foram escolhidos porque esses mesmo traficantes foram vistos entrando nesses locais com as mãos vazias e, na sequência, saindo com saquinhos.

Policiais ouvidos pela Folha afirmaram que a intenção dos responsáveis pela operação era evitar confrontos com usuários. Também foi escolhido um horário para tentar evitar transtornos no trânsito na região central.

Pela Polícia Civil participam da operação os delegados Wagner Carrasco e Carlos Battista. Pela PM, o comandante na região, o tenente-coronel Miguel Elias Daffara. Pela guarda, o comandante Carlos Alexandre Braga. Com informações da Folhparess.

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