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Advogada agredida diz que não imaginava que seria vítima do namorado

O suspeito de cometer o crime é Victor Junqueira, 24 anos, filho do ex-prefeito de Anápolis, Eurípides Junqueira

Advogada agredida diz que não imaginava que seria vítima do namorado
Notícias ao Minuto Brasil

07:25 - 31/12/18 por Notícias Ao Minuto

Justiça Goiânia

A agressão sofrida pela advogada Luciana Sinzimbra, 26 anos, no último dia 14, em Goiânia, ainda deixa marcas. O autor do crime é o ex-namorado e piloto de avião Victor Junqueira, 24 anos. Em entrevista recente à TV Anhanguera, a vítima contou que não imaginava que o então companheiro pudesse praticar o ato. O caso foi denunciado, segundo ela, por causa das sobrinhas.

“Eu não conseguia ver o quanto isso me afetou. Eu fiz isso pelas minhas sobrinhas, eu tenho três sobrinhas mulheres e pequenas. E pensar que a gente vive em um mundo onde as pessoas acham isso normal, que em briga de marido e mulher não se mete a colher. Não é assim”, disse. “Você não consegue acreditar que aquela pessoa que você passou três anos, que você conviveu e fez planos, vai te fazer mal, que ela vai chegar ao ponto de te matar ou de te agredir como ele me agrediu”, afirmou.

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A motivação da tapa no rosto, que a fez cair na cama, foi porque Luciana esqueceu um presente em um bar da cidade. No vídeo, gravado pela advogada, é possível ver ela pedindo que Victor fosse embora, mas o jovem se recusou e começou a agredi-la. Procurado, Romero Ferraz Filho, advogado do suspeito, que é filho do ex-prefeito de Anápolis, Eurípides Junqueira, disse que o cliente está arrependido do que fez.

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“Ele está tentando digerir isso, analisar o que o fez chegar naquela situação. Está extremamente arrependido por ter chegado aonde chegou. Ele não é um cara violento. Ambos tinham se embriagado”, disse o advogado.

Suspeito não foi preso

Após a denúncia feita, Victor foi indiciado por lesão corporal, injúria, ameaça e violação de domicílio. Se for preso, ele pode pegar pena de até quatro anos e três meses de prisão. “A lei determina que, para ele ser preso, teria que estar em flagrante. Não era o caso. Não havia mais o flagrante quando a vítima veio até a delegacia. Não havendo o flagrante, ele teria que ter descumprido as medidas protetivas que foram decretadas no dia 16 [de dezembro]. E ele não descumpriu. Se ele descumprir as determinações judiciais, aí sim ele pode ser preso preventivamente”, disse a delegada Ana Elisa Gomes.

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Recuperação

“Eu estou um pouco melhor hoje. Ainda é muito difícil para mim ter que voltar na situação, ter que falar sobre isso, mas eu estou tentando ficar bem, estou tentando superar e eu tenho certeza que a partir da minha história eu vou conseguir ajudar outras pessoas”, afirmou a advogada, que está fora do país de férias com a família.

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