João de Deus recebe alta médica e volta para prisão, em Goiás
João de Deus apresentou sangramento na urina e, por isso, precisou realizar os exames fora do complexo prisional
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Justiça Exame
O líder religioso João de Deus recebeu alta médica na madrugada desta quinta-feira (3). Ele havia sido internado na noite de quarta-feira (2), após passar mal na prisão, e foi socorrido e levado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
De acordo com o G1, João de Deus apresentou sangramento na urina e, por isso, precisou realizar os exames fora do complexo prisional. Após receber atendimento, ele foi reencaminhado para a prisão em que está detido por denúncias de abuso sexual desde o dia 16 de dezembro.
De acordo com a unidade de saúde, ele passou por avaliação de equipe multidisciplinar e foi submetido a exames laboratoriais e de imagem.
“Os resultados dos exames não mostraram alterações que indicassem necessidade de internação hospitalar, por isso, o paciente recebe alta para acompanhamento ambulatorial na unidade de origem”, diz a nota do hospital.
+Denúncia contra João de Deus será analisada após 7 de janeiro
+MP recorre de decisão que revogou uma das prisões de João de Deus
+Eis a foto do registro de João de Deus no sistema penitenciário
João de Deus deixou a unidade de saúde em uma cadeira de rodas, e foi conduzido até o carro da escolta prisional. Ainda segundo o G1, ele chegou ao presídio às 0h23.
O médium de 77 anos já fez tratamento para combater um câncer no estômago e sofre de problemas cardíacos. O advogado de defesa de João de Deus, Alex Neder, contou que acompanhou o médium no presídio durante toda a noite.
“Ele teve um sangramento na urina hoje, mas já não vem se sentindo bem há alguns dias. Ele também relatou dor no estômago e tontura. Fizemos o requerimento para que ele fosse levado o mais rápido possível para fazer exames e o médico do Complexo Prisional também pediu exames com urgência”, contou.
O advogado ainda disse que a família de João de Deus ficou muito preocupada ao saber sobre a situação, que ele define como "precária".
“Não é o local adequado para que ele fique, principalmente agora, com o agravamento do estado de saúde dele”, concluiu.