Após 13 dias, Ceará tem primeira madrugada sem ataques
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, 360 pessoas foram presas ou apreendidas por suspeita de envolvimento nos crimes
© REUTERS / Paulo Whitaker (Foto de arquivo)
Justiça Violência
O Ceará teve a sua primeira madrugada sem ataques contra prédios públicos ou privados desde o último dia 2 de janeiro. Segundo a secretaria de segurança do estado, nenhum atentado foi registrado entre 0h e 6h desta terça-feira (15).
O último ataque registrado aconteceu na noite de segunda-feira (14), quando suspeitos incendiaram um ônibus na cidade de e Guaiúba, na Grande Fortaleza. Os bandidos também tentaram instalar uma bomba em um túnel em Fortaleza, mas foram impedidos pela polícia.
Ao todo, foram registrados 205 ataques de facções criminosas em 46 cidades do Ceará desde o início do ano. Os ataques foram iniciados após a decisão do governo do estado de não separar mais os integrantes de facções nos presídios cearenses.
Desde domingo (13), foram nove atentados, incluindo a detonação de uma bomba em uma ponte, trios contra a sede da guarda municipal de Fortaleza e contra a Câmara de Vereadores de Tucuru (116 km da capital).
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De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, 360 pessoas foram presas ou apreendidas por suspeita de envolvimento nos crimes.
Para enfrentar os ataques, o governador Camilo Santana (PT) sancionou no domingo um pacote de leis que inclui o pagamento de recompensas para quem der informações sobre possíveis ataques e a possibilidade de convocação de policiais da reserva para reforçar a tropa.
Santana assinou um decreto nesta segunda informando que as recompensas devem variar entre R$ 1 mil e R$ 30 mil.
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Para ter o direito a recompensa, a denúncia deve atender a pelo menos um dos quatro critérios: elucidação de crimes cometidos, elucidação de fatos ou atos preparatórios ao cometimento de crimes, localização de pessoas procuradas pela polícia, identificação e localização de bens móveis ou imóveis pertencentes a membros de organizações criminosas.
Cada caso será analisado por uma comissão com representantes de cinco secretarias, que definirá o valor a ser pago como recompensa. Com informações da Folhapress.