Treinador de esgrima é preso suspeito de abuso sexual de aluna
O professor, cujo nome não foi divulgado, integrava a equipe do Círculo Militar do Paraná
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Justiça Abuso
Um treinador de esgrima foi preso temporariamente nesta segunda (11) em Curitiba, sob suspeita de abusar sexualmente de uma aluna de 12 anos.
O professor, cujo nome não foi divulgado, integrava a equipe do Círculo Militar do Paraná, clube de referência na formação de atletas e conveniado ao Comitê Brasileiro de Clubes. Alunos de esgrima do clube já foram convocados para a seleção brasileira, e competiam em nível nacional.
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A vítima era aluna bolsista do treinador, e tinha aulas individuais três vezes por semana. "Ele tentava ganhar a confiança da menina, sempre falando que ela era um talento, que precisava investir nesse talento", afirmou o delegado José Barreto, do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente).
O treinador concedeu bolsa integral para a adolescente, e emprestou uma espada de esgrima a ela.Os abusos aconteciam durante os treinamentos, na hora do alongamento, segundo a vítima relatou à polícia. O professor alisava suas pernas e órgão genital, beijava seus seios e chegou a inserir o dedo na genitália da menina.
Em depoimento, ele negou as suspeitas e disse que nunca nem sequer tocou na aluna.Segundo o Círculo Militar, o professor foi dispensado do clube na semana passada, por motivos financeiros.
Não há, por ora, notícias de outras vítimas do treinador. Mas a Polícia Civil continua investigando o caso. Seu telefone celular e computador foram apreendidos, e estão sendo verificados pela polícia, em busca de mensagens suspeitas ou materiais de pedofilia.
O treinador deve ser indiciado sob suspeita de estupro de vulnerável, cuja pena é de 8 a 15 anos de reclusão. Ele está detido temporariamente, por 30 dias.
Em nota, a Confederação Brasileira de Esgrima informou que repudia "toda e qualquer forma de assédio", e que está trabalhando, em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil, no desenvolvimento de uma política de prevenção ao assédio moral e sexual entre atletas e treinadores.
O caso está sendo investigado sob sigilo. Com informações da Folhapress.