Médico é preso acusado de filmar partes íntimas de 105 pacientes
Suspeito teria feito pelo menos 105 vítimas, 74 delas adultas e 31 crianças e adolescentes de 9 a 17 anos
© Divulgação / Polícia Civil
Justiça Minas Gerais
O médico Fábio Lima Duarte, 36 anos, é suspeito de filmar a região genital e os seios de pacientes durante exames de ultrassom em Belo Horizonte (MG).
Ele foi preso na quarta-feira (20), na casa em que mora, na região da Pampulha, por policiais civis da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.
De acordo com o UOL, o suspeito teria feito pelo menos 105 vítimas, 74 delas adultas e 31 crianças e adolescentes de 9 a 17 anos. A investigação aponta que o médico deixava uma câmera posicionada para a maca, antes das pacientes entrarem no consultório.
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A Polícia Civil apreendeu mais de 30 mil arquivos com imagens de conteúdo pornográfico e também exames de ultrassonografia.
Duarte foi preso pela primeira vez em 31 outubro do ano passado, durante a operação Infância Reavida, deflagrada para combater pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes. Ele foi solto em dezembro e pôde responder ao processo em liberdade.
Na operação, o médico acabou detido em flagrante por produção, compartilhamento e armazenamento de imagens pornográficas de menores e os arquivos foram apreendidos. As centenas de arquivos apreendidas foram periciadas e levaram à nova prisão ocorrida nesta quarta-feira (20).
De acordo com o UOL, Duarte vai responder pelos crimes de estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de prisão, e também violação sexual mediante fraude, pena de 2 a 6 anos.
A Polícia Civil tenta identificar as vítimas e pede para que elas compareçam à delegacia para ajudar nas denúncias.
O médico atuava em clínicas de Belo Horizonte e de dois municípios da região metropolitana, Betim e Vespasiano.
O advogado João Paulo Machado Rodrigues Cardoso, que defende Fábio Lima Duarte, preferiu não se manifestar para preservar a imagem do cliente, também por ainda não existir uma denúncia formal por parte do Ministério Público.